Está na hora

Está na hora...

Está na hora de deixar as pálpebras cairem, de deixar a cabeça sossegar, de repousá-la num macio travesseiro e de deixar o corpo relaxar.

Está na hora, de largar tantos afazeres, de esquecer os problemas que nunca se resolvem, de escutar o vento, ou o barulho de ar condicionado enquanto o sono vem para fechar meus olhos.

É tarde, quase zero hora. Uns dormem outros trabalham e outros rolam na cama, o sono foi embora.

Não quero pensar, quero adormecer, quero esquecer, mas a mente não pára como ela trabalha.

Penso que amanhã tenho que pular na cama, correr para o trabalho. Atender o João, a Maria e Pedrão.

Estou com sono, não sofro de insônia, brigo com o sono porque ele quer me render. Sei que é tarde quero descansar, mas insisto em esperar você.

Você que dorme talvez a essas horas. Desprendeu-se do mundo está em transe, talvez sonhe nesse instante, agora.

Quero fazer parte desse inconsciente, desse repouso que nos transporta para outro mundo. Mundo dos sonhos às vezes agradáveis que se acorda leve e feliz.

Durma profundo e sonhe comigo, a sua querida amada que eu sonho com você ainda acordada.

Está hora, tenho que me recolher, entregar-me ao sono preciso me render.

Última tentativa uma telepatia, pra você acordar e vir me abraçar. Conto um, conto dois com três. Você não vem mesmo desta vez.

Desligo tudo para adormecer, primeiro, passo a chave no meu coração depois, apago da mente a sua visão, vou desligar o computador mais vou sonhar contigo meu amor.

Maria Dilma Ponte de Brito
Enviado por Maria Dilma Ponte de Brito em 28/03/2007
Reeditado em 20/05/2020
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