Quanto a tempo

Quem dera fosse um conto de fadas essa vida nossa,

Que, por perdidas vezes, passa diante dos nossos olhos num tempo desconexo e particular.

E quem foi que disse que o tempo é igual para todo mundo?

Tempo que cura, tempo que afasta, que revela, que conjura.

Tempo que nos foi dado e agora nos é tomado, aos poucos, em doses letais e cheias de desapego.

E o tempo que achávamos que era nosso, na verdade é do mundo,

Que gira apressado, sem compasso, apenas sobrepondo de minuto em minuto.

Tempo que mata, que envelhece, que nasce, que cresce.

Tempo este que me questiono: “Desistir nunca! Mas, e descansar, a gente pode?”

E ele calado permanece, apenas fazendo seu trabalho de atropelar planos, encurtar vidas, desfazer sonhos.

E há quem diga que o tempo cura!

No fundo, o que cura mesmo é o que a gente sente por dentro,

E o tempo? É só um fator externo ao qual a gente deu muito valor!

Gabriel Moreno
Enviado por Gabriel Moreno em 26/05/2013
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