§§§§§§§§ O DESTINO DO CORDEIRO ££££££££

§§§§§§§§ O DESTINO DO CORDEIRO ££££££££

Enquanto a loba preparava o seu ardil, perdido na floresta caminhava o cordeiro

Sem pastor, sem amor, sem tino, sem siso...

E saracutiando entre as arvores e mata densa, seguia seguido de perto, farejado, avistado.

Pobre cordeiro, vítima fácil e perdida entre a densa mata; o seu insistente balir,

Uma bússola para ávidos predadores.

E a loba, poderosa observadora da vida, deliciava-se num silêncio absoluto; olhar lânguido, prazer no babar;

senhora da situação, lambia os beiços na certeza da refeição fácil, suculentamente macia.

Seu olhar, sangue no olhar; seu andar, patas de pelica; o farejar macio e profundo;

Estava na hora de atacar.

De repente, um latido uivoso, um ladrar nervoso, pios de mochos famintos, um forte sibilar;

E o pobre e indefeso cordeiro, sem rumo, sem tino, sem pastor, rodeava o próprio rastro,

como se escolhesse, tonto, qual destino fatal, qual final, qual terminar...

------ Por Tropporj; em 29/05/2013. ------