1- Durante a aproximação do último domingo, ocorreu algo que eu gostaria de dividir com vocês.
 
O fato poderia ter influenciado a minha habitual publicação, porém, se influenciou, parece que ninguém percebeu.
 
2- Os meus textos são “construídos”, algumas vezes, com bastante antecedência.
 
Por exemplo, existe um artigo que foi elaborado no ano passado.
Na hora de publicá-lo, terei pouco ou nada a editar.
O tema é interessante, acho que vai agradar.
 
Por que ele ainda não alcançou “vida” no Recanto?
Eu gosto de sentir a vontade de fazer o lançamento.
 
Sobre esse texto e outros guardados há um bom período, ainda não senti a motivação de mostrá-los.
Tal motivação pode nascer amanhã, daqui a um mês, demorar demais ou nem sequer me visitar.
 
A maioria dos textos é imaginada horas antes de ganharem vida.
 
3- Entre os textos guardados, eu tenho acrósticos esboçados.
Basta editá-los.
 
Editar o texto cansa mais do que criar.
 
Terminando a última semana, eu não toquei nesses acrósticos, pois os meus textos mais alegres são exatamente os acrósticos.
 
4- O detalhe, queridos amigos, tem a ver com essa característica bem peculiar aos acrósticos.
Eu, nesses últimos dias, fui abraçado pela pouca vontade de escrever.
 
A falta de entusiasmo resolveu me paquerar.
 
5- O meu texto de sexta, a crônica que compara duas fases escolares, nasceu na tarde de sexta-feira e apresenta uma “cara” que não combina com as minhas crônicas.
É um texto curto pra caramba.
 
Esse texto foi meio preguiçoso, quase não saiu.
 
Vocês gostaram, pois já percebi que gostam de textos curtos.
Os textos extensos exigem mais tempo e disposição.
Os leitores preferem trabalhos literários que não ofereçam o trabalho da leitura demorada.
 
Eu posso estar errado, porém é o que costumo perceber.
Peço desculpas se me equivoquei nessa dedução.
 
6- Equivocado ou não, apesar de tentar não escrever muito, geralmente os meus textos nunca possuem a extensão da crônica citada.
 
No sábado o conto encontrou menos dificuldades, pois o tema estava na minha mente e me fez desenvolver um entusiasmo momentâneo.
Digamos que eu também me perdi admirando as curvas da Raimunda a qual seduziu o personagem da história.
 
Ah! Raimunda (feia de cara, mas boa de papo)!.
 
7- Meus caros recantistas e minhas doces musas, o maior obstáculo surgiu no momento de publicar o texto de humor.
Quase eu fiquei devendo esse texto!
 
No término da tarde de sábado, eu ainda não tinha elaborado coisa alguma sobre as piadas dominicais.
Isso jamais ocorreu.
Durante a semana, eu seleciono, busco minhas fontes, separo os livros, sempre tendo uma idéia das piadas que virão.
 
Eu também gosto de editar as piadas.
Dessa vez as piadas praticamente não sofreram edição.
 
Apenas a piada final (destacando o pum no ato do 69) contou com o “toquemar”.
As outras piadas imitaram as fontes originais.
 
Eu não faço assim.
Mexo aqui, acolá.
A mudança de uma simples frase pode tornar engraçada uma piada aparentemente pouco divertida.
 
8- Dessa vez eu mexi e alterei pouco, pois eu não estava a fim de mexer e alterar. Cheguei a pensar “As piadas estão uma porcaria!”.
 
Após publicar o texto de humor, logo constatei uma boa receptividade.
Depois disso, fui reler e percebi que não estava tão ruim como eu pensara.
 
Mais animadinho, editei o texto, mexendo aqui e acolá, mudando um ou outro detalhe.
 
Por favor! Se você leu nos minutos iniciais, releia as piadas!
As edições que fiz talvez tenham melhorado o texto.
 
9- Eu acho que, comparando com os domingos anteriores, a qualidade foi conservada.
 
A diferença, que vocês não poderiam adivinhar, está relacionada ao meu estado emocional na hora de elaborar o texto.
 
Lendo o conto da Raimunda, um querido amigo escreveu “Amanhã tem piada”. Vocês já estão acostumados com minhas piadas.
 
E agora, Ilmar?
O que fazer?
Aceitar o desânimo ou tentar superar a dificuldade?
 
Vivi esse dilema na tarde de sábado.
 
10- Se o texto de humor agradou, creio que a estrutura do texto facilita.
 
Somando todas as piadas, são nove piadas.
No meio de nove piadas, teremos alguma piada que deve agradar.
 
Felizmente, no final da “aventura”, o texto saiu e vocês gostaram.
Legal!
 
11- Ilmar, por que o desânimo?
 
Não darei detalhes, contudo posso resumir dizendo que um colega de trabalho decidiu se afastar.
O afastamento dele sugere que o progresso do local, que tinha tudo para acontecer, que já estava ocorrendo, vai cessar e tudo lá parece que vai retroceder.
 
Nos setores públicos isso é comum.
O mérito da competência freqüentemente não é valorizado.
 
12- Além de sentir que a saída dele significa a interrupção do avanço que acontecia, nós nutrimos uma boa amizade.
A ausência desse contato vai fazer muita falta.
 
Essa “perda” e as mudanças que tal perda facultará me entristeceram, eliminaram a vontade de escrever, atrapalharam a minha inspiração.
 
O fato foi resumido nesse texto que resolvi considerar uma crônica.
 
Obrigado pela atenção!
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 10/06/2013
Reeditado em 10/06/2013
Código do texto: T4333799
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