OS QUINTOS DOS INFERNOS

OS QUINTOS DOS INFERNOS

A internet, com toda sua força de divulgação e excelente acolhimento de seus usuários, é um veículo que vem conseguindo despertar o brasileiro, até então, quase adormecido para os seus direitos.

Através de seus variados canais de comunicação, temos observado a velocidade com a qual um apelo se propaga e, se não atinge seu objetivo principal, através de assinaturas digitais ou de movimentos, é porque a ética e a moral, de há muito, foram substituídas pela corrupção e ânsia do poder. Quando eleitos, nossos representantes do povo, esquecem as promessas feitas, até às próximas eleições, quando a falta de caráter os veste novamente de salvadores da pátria.

Tributos sempre pesaram no bolso do povo brasileiro, desde a época do Brasil Colonial, onde a Coroa Portuguesa sugava um grande percentual do que era aqui produzido, principalmente sobre o ouro encontrado. Por ser um índice altíssimo, esse tributo era odiado e recebeu do povo, o título de “O QUINTO DOS INFERNOS”.

Naquela época, representando a revolta do povo, Tiradentes foi traído, preso e enforcado, tornando-se o mártir do movimento “Inconfidência Mineira”. Essa vida subtraída e sacrificada, não impediu que o tributo fosse liberado e nem baixado em seu percentual. Faltou coragem, força e união de mais brasileiros, para que o sacrifício daquele patriota guerreiro, atingisse sua sonhada meta.

Continuaram os quintos, mesmo com nossa independência de Portugal. Como uma praga sem cura, esse tributo foi-se propagando, mascarado sob vários pseudônimos. No final de 2011, já era cobrado do bolso brasileiro, 38%, ou seja, quase o dobro do que antes nos tirava a Coroa Portuguesa.

Essa sangria seria válida, se houvesse transparência em sua destinação e nos sentíssemos recompensados por tal sacrifício. Nada disso acontece! Falta-nos o básico: educação, saúde e segurança em geral. Acuado, vilipendiado e perdendo, cada vez mais, perspectivas de vida, o brasileiro menos privilegiado, vem contendo seu grito de revolta, por longos e longos anos.

Sabemos que uma mudança de caráter sócio-cultural, demanda tempo e conscientização. Vamos torcer para que a mídia continue livre de ação, com toda sua força de penetração, possa ser compreendida pela classe de eleitores, como uma bandeira hasteada, para seu esclarecimento e motivação, na busca de uma melhor qualidade de vida em nosso país.

Que em nossa pátria – gigante pela própria natureza, homens de caráter possam representar seu povo e plantar neste fértil solo, as sementes de um ideal ético e moral, capaz de evitar que mais espaços sejam preenchidos, pelas ervas daninhas que ocupam cadeiras cativas, na política da corrupção.

Ercy Fortes
Enviado por Ercy Fortes em 10/06/2013
Código do texto: T4334297
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