Eu não era assim
Sempre fui meio cricri, detalhista. Chato mesmo.
As coisas, na minha ótica tinham que estar tudo no seu lugar.
Sempre que eu entrava em casa ficava buscando algo desorganizado para poder reclamar.
As minhas coisas de trabalho então, nem chegue perto. Tudo muito em ordem. Caneta azul na esquerda, lápis à direita e tantos outros detalhes.
Eu não precisava nem olhar para encontrar cada coisa minha. Tudo nos trinques.
Nunca gostei de mandar. Eu tinha a mania de fazer para que todos vissem como era o certo.
Se as pessoas não faziam como eu elas é que estavam erradas.
Meus livros, minha paixão. Passe longe. Se quiser ler peça que eu os pego. Emprestar para levar, sem chance.
Meus filhos pequenos tinham seus trecos, nos meus não podiam mexer.
Sobrinhos e amiguinhos era a mesma coisa. Não tinha o hábito de ser muito tolerante com comportamentos divergentes do meu.
Verdade que ainda acho que a organização é apenas uma questão de hábito.
Verdade, também, que hoje sou muito mais tolerante com tudo e com todos.
Hoje entendo e respeito cada ponto de vista sendo iguais aos meus ou não.
Comemoro que existam divergências nos comportamentos e pensamentos humanos.
A vida me tornou diferente do que eu era.
Só os calos do caminho nos dão certa sabedoria que a escola, a família e a sociedade não podem proporcionar.
Pena que seja necessário, ao menos comigo, apanhar antes de formar novas visões de mundo.
Hoje, me faz feliz quando alguém ainda se interessa pelos meus velhos e empoeirados livros.
Muitos deles já amarelados.
Pode pegar folhar, riscar, rasgar, amassar... Se uma criança se interessar sou o primeiro a incentivá-la. Pode. Delicie-se.
Hoje vibro se me pedem se tenho tal autor. Tenho sim pode levar.
Incrível como o ser humano é flexível.
Ainda assim acho que sempre fui bastante humilde, humano e amigo de todos.
Mas uma coisa é certa: O tempo me fez diferente.
Eu não era assim.
Sempre fui meio cricri, detalhista. Chato mesmo.
As coisas, na minha ótica tinham que estar tudo no seu lugar.
Sempre que eu entrava em casa ficava buscando algo desorganizado para poder reclamar.
As minhas coisas de trabalho então, nem chegue perto. Tudo muito em ordem. Caneta azul na esquerda, lápis à direita e tantos outros detalhes.
Eu não precisava nem olhar para encontrar cada coisa minha. Tudo nos trinques.
Nunca gostei de mandar. Eu tinha a mania de fazer para que todos vissem como era o certo.
Se as pessoas não faziam como eu elas é que estavam erradas.
Meus livros, minha paixão. Passe longe. Se quiser ler peça que eu os pego. Emprestar para levar, sem chance.
Meus filhos pequenos tinham seus trecos, nos meus não podiam mexer.
Sobrinhos e amiguinhos era a mesma coisa. Não tinha o hábito de ser muito tolerante com comportamentos divergentes do meu.
Verdade que ainda acho que a organização é apenas uma questão de hábito.
Verdade, também, que hoje sou muito mais tolerante com tudo e com todos.
Hoje entendo e respeito cada ponto de vista sendo iguais aos meus ou não.
Comemoro que existam divergências nos comportamentos e pensamentos humanos.
A vida me tornou diferente do que eu era.
Só os calos do caminho nos dão certa sabedoria que a escola, a família e a sociedade não podem proporcionar.
Pena que seja necessário, ao menos comigo, apanhar antes de formar novas visões de mundo.
Hoje, me faz feliz quando alguém ainda se interessa pelos meus velhos e empoeirados livros.
Muitos deles já amarelados.
Pode pegar folhar, riscar, rasgar, amassar... Se uma criança se interessar sou o primeiro a incentivá-la. Pode. Delicie-se.
Hoje vibro se me pedem se tenho tal autor. Tenho sim pode levar.
Incrível como o ser humano é flexível.
Ainda assim acho que sempre fui bastante humilde, humano e amigo de todos.
Mas uma coisa é certa: O tempo me fez diferente.
Eu não era assim.