AEROPORTO DE IPAMERI-GO...SONHOS...

Há alguns anos fomos Ronaldo, Renato, mamãe e eu a Pires do Rio-Go visitar alguns parentes e resolvemos dar uma chegadinha em IPAMERI- GO nossa cidade querida onde passamos grande parte da nossa meninice, onde tivemos as primeiras lições da vida, os primeiros amigos, a primeira Igreja Presbiteriana, demos os primeiros passos na escola, aprendemos a ler, a respeitar os mais velhos, a amar os nossos professores e professoras cujas saudades chegam até a doer no peito. Papai e mamãe nos cercando de carinho e proteção, pois é! Neste dia fomos até o aeroporto da cidade onde papai que era representante primeiramente da Viabrás e depois da Real Aerovias Brasil, despachou os aviões durante anos e anos e, onde foi palco de tantas alegrias, tantas despedidas, tantas tristezas, tantas homenagens, tantas pessoas ilustres ali chegaram e saíram após cumprirem suas missões. Isto sem falar em tantos episódios pitorescos e até angustiantes, mas, não estou querendo falar de coisas tristes e sim alegrar meu coração e de quem por ventura vier a ler este relato.

Voltando ao assunto, visita ao aeroporto, as recordações tomaram conta de nós, não vi aquele paradão, aquele silencio e sim enxerguei com os olhos do coração, um movimento grande, sons de gritos de crianças, adultos chegando com a malas, mulheres e homens elegantemente vestidos, aguardando a chegada da aeronave, apresentando seus bilhetes de viagem, fazendo as últimas despedidas e com os olhos fitos no céu ansiosos pelo brilhar do sol nas asas do avião que surgia no horizonte. Nunca chegava com atraso, imagine! Era impossível, pois ao dar o sinal pelo Rádio que já estava voando rumo à cidade, após o tempo necessário a aeronave pousava.

Lembro bem de tudo porque eu estudava fora, expressão usada na época quando os jovens saiam das cidades onde residiam para estudar em centros mais avançados, no meu caso fui para UBERABA Minas Gerais e, sempre que podia vinha de avião visitar meus pais e matar as saudades, mas independente disto a gente, meus irmãos e eu ficávamos vigiando meu pai para ir ver a chegada e saída dos aviões, era muito bom ver as pessoas chegarem alegres embarcarem quase sempre também com alegria, uns morrendo de medo outros nem tanto. SAUDADES!

Este tempo a que estou me referindo foi na década de cinquenta e sessenta do século vinte, meninos é tempo pra dedéu! Pena que acabou foram anos dourados inesquecíveis para quem viveu nestes tempos nem que fosse por relatos. Aí a modernidade foi chegando de mansinho, as grandes capitais engolindo as cidades pequenas, mas o brilho, os momentos vividos jamais poderão ser esquecidos ou apagados da história e, nos corações as lembranças continuarão vivendo juntamente com as saudades dos que já se foram deixando marcas fortes e legados importantíssimos. Começava aí a era das rodovias, o tempo de abrir estradas.

Se alguém algum dia ler minhas divagações, desejo as mais ricas e poderosas bênçãos de Nosso Senhor JESUS CRISTO! Eu me sinto ricamente abençoada!

Goiânia, 10 de janeiro de 2012. Sônia.

Para meditar:

“ESPEREI com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor” Salmos 40, versículo 1”

Sônia Pedroso
Enviado por Sônia Pedroso em 25/07/2013
Código do texto: T4403347
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