As vezes não sei por que a vida me oferecer certas situações, aquelas que a única resposta que você pode dar é um belo e sincero: “Não sei”. Sabe, eu até queria saber, entender, sobreviver a isso tudo. Minha vida tá tudo legal, ou apenas parece está. Meu mundo parece lacrado a todo e qualquer acaso estaparfudío que possa surgir.

Não quero perder o controle da minha vida, mais vejo necessidade e larga de mão o freio e todas as rédeas que coloque nela. As vezes ou nem sempre, ser controladora demais, didática demais, intensa demais, cansa demais. Por todas as ambiguidades que ela venha a ter me oferecido nestes dois últimos meses, uma coisa é certa: Meu coração não quer viver batendo devagar, nunca. 

Meu coração quer sair pela boca, ficar preso na garganta, chorar, desabafar e gritar tudo que pode ser gritado em uma ligação por telefone, em uma sms perdida no meio da noite, em um suplicio de socorro a qualquer criatura. Amo tanto, amo tão intensamente, não apenas uma pessoa, mais todas que um dia resolveram entrar na minha vida e me bagunçar.

Nisso eu não sei se fui bem servida, depois de ficar presa durante um tempo a alguém que nunca amei, isso se torna bem fácil. Hoje, eu sou eu. É engraçado eu dizer isso, mais é assim, eu sou eu em tudo. Na forma de acordar, de dar um simples bom dia via sms, que rebate no céu cinzento na terra da garoa, em chegar no trabalho cantando funk ou qualquer música de Caetano ou Bethânia que esteja mexendo com meus instintos. Eu sou assim, dessa forma meio louca de ser.

De poder não calcular mais o que fazer durante o período do dia, de sair para almoçar com os amigos e rir das coisas mais banais da vida. De chegar em casa e term um ritual estranho, de jogar as roupas pelo chão e ser livre. O doce e liberto dom de ser livre e não ter quem me condene e me recrimine por eu ser assim. Que reclame da minha roupa, do meu cabelo, do meus alargadores, do meu sorriso, do meu jeito.

Tudo que eu queria e hoje quero ser livre e ser eu. Se for para ter alguém que seja do meu jeito, das minhas loucuras, dos meus devaneios, do meu calibre. Que não reclame e nem me cobre, que me aceite assim, loira, ruiva, morena, desarrumada, maquiada, de piercing de argola no nariz, de tênis colorido ou apenas de salto. Quero ser aceita e amada, pelo que sou, não pela plástica que o mundo me exige ser.

Assim eu vou seguindo, sendo feliz com minha vida e com aquele quem escolhi para chamar de meu amor, isso a vida não vai me tirar.

Samara Lopes
Enviado por Samara Lopes em 04/08/2013
Código do texto: T4419411
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