Meu dia do jornalista “very good”!

Nos últimos anos não tive um “Dia do Jornalista” tão agradável como este sete de abril. Ninguém lembrou de me cumprimentar ou mandar um kit presente da loja de R$ 1,99, mas o dia contribuiu para que eu renovasse a idéia de que o jornalismo tem seu lugar de importância, e que a tal frase “jornalista é cordialmente detestado”, que costumeiramente faço uso, não cabe em todas as situações. Para isto contei com expressiva ajuda exterior vinda do Estado de Wisconsin, localizado no Centro-Oeste dos Estados Unidos da América, na forma de um grupo de jovens americanos, cinco mulheres e um homem, membros do Intercâmbio de Grupos de Estudo – IGR do Rotary Club International, com os quais intercambiei meu inglês paraguaio ao “pórthugues” por eles falado.

A capitã do grupo, Stacy Harriott, “tean learder” membro rotariana do Distrito RCI 6270, de Wisconsin, era realmente só capitã, nada de generala. E não direi que ela é bonita porque os outros o disseram! Os demais não membros de Rotary e nem são parentes de algum membro do clube, e isso vale para a transparência dos recursos aplicados no Intercâmbio administrado pela Fundação Rotária e mantido pelas dotações de Rotarys de todo o Mundo. O único rapaz do grupo é Amir, que mesmo com nome de “terrorista” mostrou-se patriota americano e quer estudar mais nosso Sertão, ele foi o único que levei para conhecer a terra de Waldique Soriano, e lá conheceu a Ametista, que não é uma baiana sensual, afinal ele não veio para turismo de sexo, o que infelizmente muitos o fazem. Amir veio realmente buscar cultura.

A mineração da pedra preciosa ametista, na cidade de Brejinho das Ametistas, município de Caetité, e feita a céu aberto, e em cavernas que vão surgindo à medida que o garimpeiro se aprofunda na terra. Antes estive com o grupo americano e alguns membros do Rotary Guanambi, e ainda o Governador RCI 4550, visitando Unidade de Concentrado de Urânio – URA, em Maniaçu, Caetité, Brasil, de onde se extrai a matéria prima para o uso da energia nuclear. As “meninas”: Stacy (a capitã); Cris Calvert; Lori Reineck; Angela Darom; e Olívia Marshall, seu eu não entendi errado adoraram ter estado na mina de urânio, assim como, no dia seguinte adoraram o cosido de bode servido na Escola Agroténica, um domingo legal, que antecede a outros que passarão em outras micro-regiões desta Bahia.

Não só na Bahia que estão sendo desenvolvidos estes grupos de Intercâmbio, em outros estados do Brasil estão acontecendo, e servem entre outras coisas para se perceba que diferenças não distanciam os povos. Por exemplo, se americanas se vestem “mal” como costumamos dizer, elas na verdade se vestem bem confortáveis e fazem à opção por calçados que as deixam a vontade para caminhar. Ai eu achei graça das conterrâneas brasileiras quando escorregavam pelo caminho com aqueles saltos altos ou reclamavam das pedras entrando nas sandálias moderninhas durante a visita a mina. Queriam que ali fosse asfaltado? As americanas com seus tênis largos, “bico de pato”, para nós feios, desfrutaram de subir em rochas e de lá observar melhor a natureza e a extração mineral. Foi um passeio bonito e gratificante pela atenção que o grupo me deu. Aleluia, que no próximo ano venha outro igual!

(*) Seu Pedro é o jornalista Pedro Diedrichs, 59, editor do jornal Vanguarda, de Guanambi / Bahia, como não entende inglês corrente, até pensou que as americanas estavam o achando lindo, bonitão, etc...