Um ser amor

Cair com os joelhos no chão dói. Discutir com a mãe dói. Brigar com o irmão, dar uma tapa, um soco, doe e faz sofrer. Mas nada faz alguém sofrer tanto quanto amar e não ser retribuído.

Mais sofrido é a vontade de ter o que não te ama.

Vontade da pele, do toque, dos carinhos e dos beijos. Vontade de ter sempre presente. Não precisa de muito, ele podia ficar de longe, em outra conversa, em outro grupo, sem se verem, sem nem se quer se falarem, mas apenas com a voz dele por perto já seria necessária pra alimentar seu sorriso. Todos dizem: “Está na sua cara!”.

Mas como amar alguém que não ama você com mesma intensidade e interesse?

Até quando esse amor irá resistir? Será que vai vingar?

Amar é não saber. Não saber se você vai viver esse sentimento. Não saber se ele gosta de chocolate ou só come comidas diet. Não saber se ele pensa o mesmo que você. Não saber se ele ouve aquela música que você já transformou em trilha sonora para a ‘relação’. Não saber que ciúmes - infelizmente - faz parte dessa situação.

Dói amar sem ser amado. Você procurar formas de se desprender. Você procura desculpas pra esquecer. Você procura opções pra se entregar. E você falha em todas.

Até onde se deve arriscar uma amizade, uma parceria, por algo que você já sabe que não dará certo? Até onde você sabe que não dará certo?

Coragem e confiança são duas coisas necessárias pra essa situação. É que amar simplesmente é sofrer. Não tem como não andarem juntas. É uma mão de via dupla.

Fácil seria não viver com intensidade todas essas situações.

Cabe a você apenas o rumo que terá que tomar. Arriscar todas as fichas em um grande amor ou ser apenas mais uma estatística na teoria platônica de amar só.