DIÁLOGO COM A SOLIDÃO

Olá, minha velha "amiga" solidão.

Estou em mais uma noite, apenas com sua companhia.

Este silêncio que existe nas paredes de meu quarto está me deixando cada dia mais mudo, cada dia mais surdo.

E, é duro assumir isto à você; que diante do espelho, já não encontro meu reflexo.

Parece-me que estou me apagando.

Ficar lhe dizendo sobre o que se passa em minha vida, ôh... Isso já não alivia tanto as dores como antes.

Manter um diálogo com minha própria solidão, ôh... Tento tapear meu coração com palavras que minha mente encontra, para esconder de meu coração, que estou ficando louco e perdendo a razão.

Olá, minha velha amiga solidão.

Em todos os cômodos da casa, só se encontra as cores preto e branco.

Em meio destas coisas cinzas, ainda encontro você (solidão), sentada em uma cadeira de balanço, que da escadaria ouço ranger.

Já não ouço o som das teclas de meu piano.

Os discos de vinil encontram-se todos arranhados.

O silêncio tem um rosto tão pálido! queria eu, poder dar um tom de cor vermelho e rosado.

Enquanto a solidão, tem um rosto branco.,

E néla, eu não encontro olhos e nem uma boca.

Os grãos de Areia na ampulheta, escorrem de grão em grão e, vejo minha "pessoa" à espera de um fim e, à espera do novo começo.

Solidão, quem consegue te evitar?

Os retratos na parede, me faz recordar que nem sempre foi assim - me faz recordar em um tempo em que a solidão e o silêncio não era meus companheiros.

Mas, meu céu ainda é maior, e sei que lá existe um lugar...

Onde eu possa te encontrar...(felicidade)

Onde eu possa chegar mais perto de um certo lugar.

Daniel Ferrazz
Enviado por Daniel Ferrazz em 10/10/2013
Reeditado em 10/10/2013
Código do texto: T4518876
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