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PÉROLAS DE CRIANÇAS
 
 
      Em todas as épocas, desde as longinquamente imemoriais, sob o ponto de vista dos mais variados tipos humanos, o Amor tem sido conceituado, imensamente cantado e decantado, em prosa e versos, até à exaustão.
 
      Psicólogos, doutores em ciências, mestres e gurus, compositores de letras musicais e poetas, filósofos e educadores, livres pensadores, amantes e pessoas amadas ou mal-amadas, gente simples, do povo, enfim, todos já emitiram ou ainda estão, agora, neste instante, a exarar bombásticas frases de efeito, pensamentos racionais e/ou emocionais, sobre a palavrinha tão minúscula.
 
      De um espaço de Psicologia e Educação, há muito tempo – lembro apenas que era em um impresso (livro ou revista), pena não haver registrado a fonte – colhi as seguintes pérolas, verdadeiras acrobacias mentais. Até pediria o obséquio de que, se alguém souber a exata fonte do que irei transcrever, em parte, me informe, que farei o registro.
 
      Os EUA eram o país de origem dos arguidos pela autoria da seção.
 
      Agora, vejam bem! Imagem quem, assim, genialmente, conceituava o sentimento mais badalado e nobre de todos, no mundo todo. Crianças, óbvio, pela simplicidade das assertivas, foram interrogadas sobre o que seria o Amor. E as respostas vieram de pronto, engenhosas e geniais. Convém que as leiamos.
 
      “– O que é o Amor?”
 
      1- “Quando alguém te ama, a forma de falar seu nome é diferente.” - Billy, quatro anos.
 
      2- “Quando você ama alguém, seus olhos sobem e descem e pequenas estrelas saem de você.” - Karen, sete anos.
 
      3- “Amor é quando seu cachorro lambe sua cara, mesmo depois que você deixa ele sozinho o dia inteiro.” - Mary Ann, quatro anos.
 
      4- “Amor é como uma velhinha e um velhinho que ainda são muito amigos, mesmo conhecendo há muito tempo.” - Tommy, seis anos.
 
      Os períodos acima (eram bem mais, copiei apenas quatro), frases que achei muito criativas e curiosas, estavam em uma página destacada de caderno, entre os meus guardados. Quis apenas expô-las, aqui, para que todos as compartilhem, tal o significado que dei às tão bonitas citações.
 
      Mas alguns de vocês vão me dizer, aí: “– Besteira, frases normais de crianças do Primeiro Mundo, guris bem alimentados”. Sinceramente, julguei que são pérolas ditas por crianças, direito têm de contestar.
 
      Esta crônica não é bem uma crônica. Nada mais sobre ela tenho a acrescentar.  E por que iria expor, aqui, citações poéticas dos poetas J. G. de Araújo Jorge, do Vinícius, do Neruda ou de qualquer outro poeta? Tampouco importam belas citações filosóficas sobre o Amor, muitas delas garbosamente inseridas em teses de doutoramento, a respeito do tema.  
 
      As crianças ianques, ao meu modo de ver, de maneira monumental, com a maior inocência, disseram tudo. E, somente por hoje, não vou mais falar de coisas d’amor. Donde a nossa homenagem a todas as crianças do Universo, nesta sua data comemorativa, aos 12 de outubro.
 
Fort., 11/10/2013.

 
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 11/10/2013
Reeditado em 12/10/2013
Código do texto: T4521503
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