O “ser” mais HUMANO.

O despertar de um sentimento como a fraternidade é algo semelhante à indefinição do próprio ser humano, é difícil saber quando e onde este sentimento será despertado, entretanto, o amor de fraternidade é o próprio “amor ao próximo” e este se assemelha ao olhar constante de Deus entre nós. A sede em viver as riquezas do mundo preenche sobremaneira a mente dos homens esvaziando seus corações cultos, imponentes e intimamente solitários. Assim, os desejos mais sensíveis do coração são aprisionados no fundo da alma, ofuscados pela vaidade do mundo e distanciados da humildade do verdadeiro amor de fraternidade.

Em um determinado ponto em que o conhecimento e a vaidade se encontram nós nos perdemos em termos de arrogância... Estamos decididos a viver esquecendo quem realmente somos, e são vários os motivos que nos levam a tal decisão, mas porque também é conveniente fechar os olhos para o lado difícil da vida, e assim escolhemos somente os dias de glória, sendo que as glórias desse mundo passam. Quanto mais conhecimento maior deveria ser a humildade cultivada em nossos corações, quanto mais sabedoria maior seria o compromisso com o que é justo e benéfico para si e para o próximo.

Quando o despertar de um sentimento como a fraternidade nos proporciona a nossa própria liberdade espiritual, ela de fato nos torna pessoa consciente e sensível ao próximo diante das dores do mundo, diante do caos do desrespeito, da intolerância, da violência de atitude e também da violência de palavras que somos capazes de fazer ao outro. Desde que nascemos aprendemos que tudo na vida parte das escolhas que fazemos, e o restante são as conseqüências do caminho que escolhemos trilhar.

Apesar de todos os acontecimentos, sendo estes tristes ou alegres não devemos esquecer quem somos de verdade quando estamos despidos das vaidades materiais, porque sem dúvida a vida por si só já é um grande milagre, e a nossa missão é simplesmente aprender a ser mais fraterno, a ser mais HUMANO.