269 - DO VIAJANTE E SEUS SONHOS...


 
 
O homem, esse eterno desconhecido, vive em constante busca de si mesmo. Embora pareça um reforço de linguagem desnecessário o que há de fato que nesta busca insana, correndo talvez, a procura de algo que lhe faça mais feliz vive com o pé na estrada na busca do novo.
Os homens embarcam em trens ultrarrápidos e aviões que voam tão alto quanto à velocidade dos seus sonhos fazendo estranhas comparações como se o seu mundo com sua gente e suas peculiaridades e sua cultura.
Como habitantes de outros planetas a navegar entre galáxias e conhecer outros lugares e seus habitantes, ficavam tão embevecidos com o que viam que, quando retornavam para suas casas, se sentiam infelizes por terem vivido tanto tempo neste local insólito. Os sonhos são como maquinistas a carregar homens e mulheres de um lugar para outro como se jamais estivessem contentes onde estavam e tinham suas raízes. É preciso serenidade para discernir que nem sempre encontrarão um lugar que os cative tanto nesta busca insana atrás de um lugar melhor para viver que este rincão.
Muito embora tenham nascido nesta terra, este fato, de conhecer outros povos outra cultura milenar acabou por gerar neles um estranho sentimento.
Já para mim, a cidade que me ajudou a construir um futuro tornou-se, portanto, a mais linda e importante para minha vida. “Itabira a cidade”. Neste sentimento inigualável de amor transformou-se no único lugar para onde quero sempre voltar.
Mas, quando deixares para trás este povo e este lugar, por certo descobrirão que, tanto o lugar que abandonaram quanto o lugar, para ou de onde vieram ou foram, com suas idiossincrasias e suas contradições pode cativá-los tanto quanto seu mundo anterior, pois, importante mesmo é você...
CLAUDIONOR PINHEIRO
Enviado por CLAUDIONOR PINHEIRO em 17/10/2013
Reeditado em 29/11/2014
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