O Brasil é ou não o primeiro em sexo?

Logo eu que desconfio até de pesquisa do “ibêgêé”, embora crendo que elas sejam bem aproximadinhas da realidade, e que também não creio em pesquisas dos tantos institutos que em época de eleições me provocam adrenalina, é que deverei acreditar na tal “Pesquisa Global de Bem-Estar Sexual” que coloca os brasileiros em segundo lugar no ranking dos que fazem sexo com mais freqüência? Dizem que a pesquisa foi realizada em 26 países encomendada por um fabricante de preservativos, que certamente não deve ter contado os encontros ligeirinhos e ainda ter esquecido a estatística do moderno sexo on-line na Internet das mil e uma utilidades, já que estes não requerem camisinha!

Sexo é sexo, seja de que maneira for, e a tal pesquisa diz que os brasileiros têm uma média de 145 relações sexuais por ano, com 82%, enquanto a média global é de 103 vezes por ano, diz a mesma fonte, que deram o primeiro lugar para os gregos, estimando em 164 vezes. Empatados em terceiro lugar vêm os poloneses e russos com 143 ralas e rolas por ano. Em último lugar está o Japão, coitadinho pequenino, onde apenas 34% dizem que fazem sexo pelo menos uma vez por semana. Ai a pesquisa deriva para a qualidade e mais uma vez prejudica o homem brasileiro, ao afirmar os nigerianos é que saem na frente, com 67% dos entrevistados dizendo que estão satisfeitos com sua vida sexual.

Não é possível. Para mim foi pesquisa manipulada que não prestou a atenção em nossos métodos, não lembrou que nossos meninos se iniciam no sexo manipulado, e jamais alimentam estatísticas confessando que o praticam. Só a população pós-criança já fura a pesquisa. Falando em pesquisa, certa ocasião eu fui internado em um hospital escola para uma cirurgia de coração, onde os alunos dos últimos períodos recebem um roteiro de perguntas aos pacientes, e nelas está incluída: “Fazia sexo quando adolescente?” Um grupo de meia dúzia de alunos visitou meu leito, e me fizeram a tal perguntara. Respondi que sim, e que era com cinco de cada vez! Uma inocente futura médica, loirinha e bonitinha, não entendeu e perguntou: “E dava conta?”.

É assim, pesquisas falham e a tal pesquisa, que volto a dizer que não me convence, vem com a história de que os gregos estão a nossa frente. Primeiro; a Grécia é um país pequeno formado por ilhas, não comporta uma produção agilizada. Depois, como o cisne e outros bichos, eles têm a dança do acasalamento. Lembram do filme “Zorba – O grego”, estrelado pelo ator Anthony Quinn? Dançou quase meia-hora! Ao oposto o brasileiro não nega a raça produtiva, o que confirma o IBGE, que também alerta para o fato de que em 2050, seremos 259,8 milhões de brasileiros, e para que isso aconteça os brasileiros e brasileiras terão que fazer o que? Sexo!

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Seu Pedro, 59, é o jornalista Pedro Diedrichs, editor do jornal Vanguarda de Guanambi – Bahia, e que não acredita que o nome Zorba, dado a uma linha de cuecas, seja uma homenagem ao desempenho sexual grego!