Medo e Ansiedade

A frase "A fé move montanhas" está em desuso, o que nos move, hoje em dia, é essa bendita e maldita ansiedade. Bendita, quando em leves doses e maldita quando em altas e persistentes doses. É ela quem nos engendra uma série de medos e agonias, ao levantar, de manhãzinha, quem nunca pensou ou até mesmo discursou: "Não quero sair dessa cama, o que será que o dia de hoje me aguarda? Está bem, sairei e viverei." Ora, não é por ser depressivo ou covarde, mas por ser pretensioso e cheio de neuroses circundando essa minha cabeça, estupefata de preocupações e ardilosas suposições.

Esse pavor de despertar e viver o dia (in)tensamente é algo que, de longe, é deveras complicado. Existem pessoas lá fora, boas e ruins, pacatas e perversas, e quanto aos narcóticos? Os psicóticos? Os neuróticos? E os góticos? Bem, existe gente, gente de carne e osso, não são brincadeira, muito menos um sonho qualquer de uma noite mal dormida. Sonho é outro papo a ser tratado. Essa gente toda faz o dia fluir de maneira volúvel, isto é, ora pacífico e ora temível. Creio que seja uma ordem do meu corpo, do tipo: "Vai, ser gauche na vida!".

Nathus
Enviado por Nathus em 29/10/2013
Reeditado em 29/10/2013
Código do texto: T4547696
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