O SEU CÉU

Eu posso voar

E tenho asas para isso! Chamem-me de louco, pirado, tapado, maluco, ou o termo que melhor lhe convier... Eu me chamo apenas de sonhador! Não sou o homem que sonha, apenas mais um... mas, em compensação, sou aquele que conta seus sonhos, espalha por todos os ares a leveza e pureza das nuvens que rondeiam minha cabeça. Ora, as asas são minhas, eis que aqui está falando o controlador destas ferramentas longas que me suspendem por horas longe desse chão! Exatamente o que você acabou de olhar... Esse é o seu chão. Por quê? Por que você quer que seja, são os seus limites! Olhe para cima, observe o quanto se pode explorar, ir até o alto, voltar, dar piruetas enlouquecidas num mundo tão distante ao mesmo tempo que tão perto, Abra os teus braços e feche os seus olhos e somente vá, como eu vou! Explore, encha o pulmão do ar de verdade, o que você sempre respirou é apenas o veneno que te fará viver alguns anos a menos! Com sentir o tapa dos ventos na sua face, saiba que é uma bronca de alguém que sempre pediu a sua presença, mas, coitado, estava com os pés no chão! Mas quanto realismo. Seríamos detentores de mentes tão magníficas e complexas simplesmente para vivermos essa realidade imposta? Enquanto não conhecermos a brisa, o sabor da chuva, o abraço das tempestades, a vida do Sol, as pinturas das nuvens, a suavidades das folhas, o transitar dos pássaros, conheceremos apenas o chão. O nosso chão, limitador, que te mantém em baixo, que te ordena e te julga insuficiente para enfrentar a gravidade. Saia desse chão, suba, mergulhe, rodopie, sonhe e seja feliz, só compreendendo o seu céu conhecerá os limites da terra, só conhecendo o seu céu verá que você não tem limite, apenas os impostos por você mesmo.