CRÔNICAS DE TITÃS.

CRÔNICAS DOS TITÃS

JOEL VIEIRA.

I

Abrem-se as portas do Olimpo

Aparecem os deuses nas suas magnitudes

Zeus... Hera... Afrodite... Minerva...

E lorde Poseidon.

II

Zeus é o deus dos deuses do Olimpo

Hera é sua mulher, perigosa e invejosa,

Afrodite é a deusa da Beleza,

Atena é a deusa da Sabedoria.

III

A história se passa em Argos

Cidade do Rei Acrísio, pai de Dânae

E avô de Perseu,

Perseu, filho de Dânae e Zeus.

IV

Acrísio ficou enraivecido por Zeus ter,

Engravidado sua filha Dânae

E colocou mãe e filho em uma arca trancada e lançada ao mar,

Para que morressem de inanição.

V

Mas Zeus, vendo tudo lá do Olimpo...

Pôs mãe e filho a salvo em outra cidade,

Era a cidade de Jopa

Governada pela rainha Cassiopeia.

VI

Jopa tinha uma maldição lançada por Hera,

Porque Zeus havia transformado seu malvado filho

O príncipe Cálibos em uma abominação:

O transformou em um demônio com chifres, rabo e pele escamosa.

VII

O príncipe Cálibos era o prometido da princesa

Andrômeda, filha de Cassiopeia,

Mas, Andrômeda o preteriu devido sua aparência...

Sendo assim amaldiçoada por Hera.

VIII

Era a mais belas de todas as mortais, até do que da deusa Hera,

Hera, ficou enfurecida e prometeu vingar-se de Cassiopeia por

Compará-la a sua filha e pela maldição de Zeus sobre Cálibos

Iria destruir todos os pretendentes à mão de Andrômeda se um certo enigma,

IX

Proposto por Cálibos não fosse respondido com precisão,

Muitos foram os príncipes mortos por tentarem e não

Decifrarem o enigma

Ficando assim a cidade amaldiçoada.

X

Cálibos fazia a pergunta do enigma

E o pretendente teria que responder

Para Andrômeda confirmar

A veracidade da resposta.

XI

O enigma era de difícil resposta

Tendo como morte certa quem tentasse

E não respondesse acertadamente.

Até que apareceu o jovem Perseu.

XII

De volta à Jopa: Perseu descobriu-se

Nu e em uma terra desconhecida.

Transportado pela feitiçaria de Hera o mesmo foi

Levado em sono profundo e ao acordar...

XIII

Descobriu-se em um antigo teatro

E um velho ator recitando os poemas de Homero,

Perseu perguntou: - Onde é que estou?

Então não sabes? Perguntou o velho ator.

XIV

- Perseu respondeu: - não faço ideia de onde estou,

Pois estava na praia em Argos vendo a Lua e

Dormi e acordei aqui neste lugar desconhecido.

Então estavas vendo a Lua? - perguntou o velho ator.

XV

Sim, via o quão bela estava e se mostrava

Em todo seu esplendor,

O velho ator: - nossa porque perigo passastes,

Pois fostes encantado pela magia de Hera.

XVI

Então, Zeus vendo o perigo iminente com seu filho,

Solicitou da deusa Minerva que lhe mandasse sua

Sábia Coruja de estimação “Bubo” para ajudar Perseu.

Minerva amava “Bubo” e por isso não cedeu seu predileto.

XVII

Mas em compensação fabricou uma réplica de “Bubo” em metal

Que voava e falava com Perseu, somente Perseu o entendia

Zeus solicitou às deusas que fabricassem presentes úteis a Perseu.

Minerva: fabricou uma espada com um metal poderoso e desconhecido.

XVIII

Atena fabricou um capacete que quem o usasse

Invisível ficava e Afrodite fabricou um escudo para defesa de quem o usasse

Zeus apareceu em sonhos para Perseu e disse: guarde bem estes presentes

Principalmente o escudo, pois o mesmo em algum dia vai lhe salvar a vida.

XIX

Então Perseu, voltou ao antigo teatro para falar

Com o velho ator sobre os estranhos presentes ganhos.

O velho ator ficou boquiaberto com a coragem e a

E respondeu a Perseu: abençoados sejam os Deuses.

XX

Guarde bem mesmo, pois são presentes dos deuses

Para você usar em momentos difíceis,

Pois vais precisar em suas peripécias que vais enfrentar.

Muito cuidado com estes presentes.

XXI

Perseu ficou sabendo da maldição de Jopa

Foi a mesma como pretendente à mão da princesa

E ao enigma responder

Deixando a todos atônitos, pois os que tentaram falharam e morreram.

XXII

O velho ator conseguiu roupas dignas de um príncipe

E as entregou a Perseu para que se apresentasse à rainha

Cassiopeia, governante de Jopa, mãe de Andrômeda,

Quando Perseu viu Andrômeda, foi paixão à primeira vista.

XXIII

Então bolou um plano para ver Andrômeda a sós,

Colocou o capacete, ficando invisível instantaneamente e,

Dirigiu-se ao quarto da princesa.

Porém ficou espantadíssimo com o que viu.

XXIV

Um enorme abutre transportando uma gaiola dourada,

Pousou junto à janela abrindo a porta da gaiola,

Nesse momento a alma de Andrômeda saiu do corpo,

E dirigiu-se à gaiola, na qual entrou e o abutre alçou voo.

XXV

Perseu observou o rumo que o abutre tomou e,

Preparou uma comitiva para ir descobrir o mistério da gaiola,

Qual porém não foi o seu espanto:

O abutre os levou a lugares ermos, desabitados e fantasmagóricos.

XXVI

O velho ator conversou com Perseu: assim nunca

Chegaremos a lugar nenhum, porém sei de uma história

Que conta que o último cavalo alado de Zeus, o Pégaso.

Vem toda a noite beber água na lagoa.

XXVII

Mas Pégaso é muito arisco e não se deixa laçar,

Deixas comigo: respondeu Perseu, já sei o que fazer,

Usarei o capacete da invisibilidade e a

Pégaso laçarei e domarei.

XXVIII

Assim foi feito: Perseu usou o capacete e logo,

Invisível ficou, laçando Pégaso com facilidade

Domou Pégaso e quando sentiu-se preparado para

Tal jornada, montou Pégaso e partiu na direção,

XXIX

Que o abutre tomou levando a alma de Andrômeda

Foi dar direto no rumo do pântano dos horrores,

Morada de Cálibos

O filho deformado de Hera.

XXX

Mas logo se perdeu se esquecendo do rumo certo.

O velho ator então fala a Perseu: ouvi dizer que

Longe, muito longe daqui moram três velhas cegas e sábias

Que dividem entre si um olho só.

XXXI

Só que as velhas cegas são três bruxas canibais,

Devorando quem se aproxime de sua morada

Ninguém se atreve a desafiá-las, mas,

Perseu mais uma vez usou seu capacete.

XXXII

Roubou o olho das velhas e propôs o seguinte:

Devolvo o olho se vocês me ensinarem o caminho da

Morada de Cálibos, dos pântanos

É muito perigoso, muito perigoso.

XXXIII

Mas vamos lhe ensinar, se o olho devolver,

Pois se não o devolveres não sabes o que vais sofrer.

E ensinaram, corretamente, o caminho

Da morada de Cálibos.

XXXIV

Perseu então saiu da gruta das bruxas e jogou

O olho para que se as mesmas o procurassem,

Pois tinha que se precaver contra as bruxas

Pois estando as mesmas de posse do olho podiam enxergar.

XXXV

E maldades praticarem, com quem se atrevesse

Perto da sua casa chegar,

E as tirassem do seu sono pós-refeição

Atitudes que elas não aprovavam.

XXXVI

Nesse meio tempo, Perseu voava na direção

Indicada pelas bruxas, para o pântano

Chegando ao pântano Perseu escondeu-se e usou o capacete

Tornando-se invisível aos olhos de Cálibos.

XXXVII

Mas, Cálibos, esperto como ninguém

Conseguiu laçar Pégaso o prendendo

Para que Perseu não tivesse como

Sair caso viessem a ter uma contenda.

XXXVIII

Perseu entrou no pântano e invisível desafiou

O seu desafeto, mas Cálibos, como sempre, acertou

O capacete derrubando-o no pântano onde

Era impossível alguém achá-lo.

XXXIX

Começa então a briga entre Perseu e Cálibos,

Lutam como dois leões embravecidos, mas

Perseu leva a melhor e num descuido de

Cálibos a sua mão corta contendo o anel.

XL

Perseu retorna então à Jopa com a mão cortada

De Cálibos, pronto a responder o enigma de Andrômeda,

Cassiopeia, então ordena à Andrômeda que faça

A pergunta do enigma.

XLI

Andrômeda então faz a pergunta:

Lindo artefato de círculos sobrepostos

Que se encontram em um lindo formato?

O que é? Responda se fores capaz!

XLII

Perseu então sacou da mão com o anel de Cálibos,

E perguntou? É esta a resposta?

Andrômeda ficou pálida e muda,

Cassiopeia então, repete, é esta a resposta?

XLIII

Cassiopeia cumpriu o prometido e casou

Andrômeda com Perseu o tornando príncipe de Jopa,

Hera ficou enfurecida com o que Perseu havia feito a Calibos,

E prometeu vingar-se destruindo Jopa.

XLIV

Nesse meio tempo, Perseu partiu

Em busca de Pégaso, mas Cálibos

O havia jogando no oceano,

Para Perseu não ter como locomover-se rapidamente.

XLV

Hera então convocou lorde Poseidon e

Rogou ao mesmo que soltasse o Kraken.

Kraken era um enorme monstro marinho

Que devastava tudo que encontrasse pela frente.

XLVI

Mas Perseu pressentindo que as coisas não iriam ficar bem,

Partiu em busca da Medusa, ser horripilante era

Uma mulher com cauda de guizos e cobras na cabeça

No lugar dos cabelos.

XLVII

A Medusa transformava em pedra

Quem a olhasse e sua figura mirasse

Mas Perseu usou de um estratagema

Usou o escudo e viu a imagem de Medusa refletida.

XLVIII

Conseguindo então cortar-lhe a cabeça,

Mas mesmo depois de morta a Medusa

Continuava com sua maldição

Perseu, pegou sem olhar a cabeça

XLIX

E em um saco colocou a cabeça do monstro

Partindo imediatamente para Jopa

Que a essa altura já estava quase que,

Completamente destruída pelas enxurradas

L

E terremotos causados pela ação do Kraken

Perseu então convocou o Pégaso

Que se encontrava no fundo do oceano

Para o ajudar mais nessa tarefa.

LI

Pégaso atendeu aos chamados de Perseu

Saindo do oceano e vindo ao herói juntar-se

Perseu montou Pégaso com o saco

Com a cabeça de Medusa.

LII

E voou para o oceano, onde Andrômeda

Estava presa nos rochedos.

Para servir de oferenda a Kraken

O monstro marinho solto por lorde Poseidon.

LIII

Perseu falou então para Andrômeda

Não olhar para a cabeça de Medusa

Pois seria transformada em pedra,

Devido o olhar do monstro que apesar de morta.

LIV

Continuava com o poder de transformar

Seja quem fosse em um ser sem vida

Cujo destino seria servir de estátua para

Ornamentar a casa de Medusa.

LV

Perseu tomou então do saco com a

Cabeça de Medusa e voou para o oceano

Onde o Kraken subia e descia

Provocando grandes ondas que atingiam Jopa destruindo-a.

LVI

Perseu ao chegar ao oceano, o Kraken

Ficou furioso e subiu à tona

Mostrando todo seu horrível corpo

Perseu, aproveitou a deixa e sacou da cabeça.

LVII

De Medusa mostrando-a para o Kraken

Que a olhou e imediatamente

Transformou-se em um grande rochedo

Ficando assim Jopa livre da maldição de Hera.

LVIII

De volta ao palácio de Cassiopeia,

Perseu foi recebido com as honrarias de herói

E finalmente pôde viver sua história de amor

Com Andrômeda.

LIX

Hera sentindo-se derrotada nada podia

Fazer com o filho de Zeus

Que era protegido pelos deuses

E querido por todos os habitantes de Jopa.

LX

Termina aqui a crônica de Perseu

E Andrômeda, que foram felizes

Tiveram muitos filhos e morreram

Velhinhos mas sempre juntos.

Aguia das Letras
Enviado por Aguia das Letras em 06/11/2013
Código do texto: T4558768
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