E... Se tivéssemos a capacidade de ver o “destino

De quando em vez me questiono:

- Se tivéssemos a capacidade de ver o “destino” tal como como ele é, talvez entenderíamos o motivo que a vida é conduzida por caminhos estranhos e contrários a nossa razão e aos nosso desejos.

O musical “Mama Mia” a canção "The winner takes it all" diz:

Eu não quero falar sobre as coisas que passamos, porém está me machucando! Agora é história; Eu joguei minhas cartas - e foi o que você fez também/ Nada mais a dizer. Nenhum ás mais para jogar!

“Os deuses podem jogar um dado”. Suas mentes são tão frias quanto gelo, e alguém aqui embaixo perde. O vencedor leva tudo -, O perdedor tem que cair. É simples e está claro Por que eu deveria lamentar?

Chico Xavier dizia: “Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, eu não teria saído do lugar. As facilidades nos impedem de caminhar. Até mesmo as críticas nos auxiliam muito.”

Lembro também que a lei do Carma opera em todas as coisas e seres desde o menor átomo concebível até Brahma.

A realidade é que a cada instante fazemos escolhas que determinam nosso destino,

Assim preconiza a lei da causa e efeito, segundo a qual a felicidade está na sabedoria de fazer espontaneamente ao outro o que desejamos para nós.

Na escola, como na vida aprendemos que para cada ação existe uma reação igual e contrária. Toma lá, dá cá. Para o bem ou para mal, nossas atitudes retornam de maneira implacável e às vezes em diferentes contextos. Carma é, na verdade, o resultado do conjunto de ações, sentimentos e pensamentos que praticamos diariamente, hoje e em nosso passado. Toda forma de ação, seja ela física emocional ou mental, gera um quantum de energia que retorna para nós da mesma maneira.

Os Upanishads diz:

- "O que for a profundeza do teu ser, assim será o teu desejo. O que for o teu desejo, assim será a tua vontade. O que for a tua vontade, assim serão os teus atos. O que forem teus atos, assim será o teu destino". Isso é o carma: o resultado de nossas escolhas sejam elas conscientes ou não. Quanto mais conscientes somos de nossos pensamentos, emoções e atitudes, mais controle sobre nossas vidas e nossos destinos teremos. Portanto, o carma define nosso destino.

Deepak Chopra diz: "nada do que se deve ao Universo fica sem pagamento".

Portanto, o que se deve fazer com o carma que já criamos?

Infelizmente, toda energia que for lançada no Universo continuará seu percurso independente de nossa vontade e terá que ser cumprido.

Poderemos simplesmente submeter a ele, mas há maneiras mais inteligente do que apenas cumpri-lo, futuro.

Segundo a filosofia de Petro Ubaldi - nós "Somos o produto do nosso passado. Tudo o que temos ou não temos, tudo o que sofremos, que sabemos ou não sabemos, é resultado de nossas ações anteriores. Isto não significa que o nosso destino esteja traçado deterministicamente. Temos duas liberdades: a primeira consistiria na forma com que aceitamos os resultados de nossas ações anteriores e, a segunda, a liberdade que temos para nortear as nossas ações presentes, de tal forma que provoquem reações mais suaves no futuro".

"O fenômeno cármico pode ser comparado com a imagem de um menino atirando pedras no espaço. A força com que uma pedra é atirada, o seu tamanho e a sua direção dependem da vontade, ou seja, do livre-arbítrio de quem a atira. A trajetória desta pedra no espaço depende do meio ambiente que atravessa e da lei da gravidade. Todo ser é livre para atirar uma pedra no tamanho, na forma e direção que quiser. Aí cessa a sua intervenção no fenômeno. A trajetória dessa pedra, a partir do momento em que ela sai da sua mão, já não lhe pertence e segue leis que fogem ao seu controle imediato, mas as conseqüências que esta pedra provoca em seu caminho são de inteira responsabilidade de quem a atirou. Podemos, em determinado momento de nossa existência, desistir de atirar pedras ou aprender a atirá-las de forma útil e correta. Esta atitude não nos livrará das conseqüências das ações anteriores, porém será uma capitalização que renderá bons dividendos no futuro"

Tudo isto nos leva a analisar o conceito de absolvição dos pecados, através do arrependimento e da confissão. A idéia é magnífica e certamente inspirada em planos mais elevados. Leva o indivíduo a libertar-se de uma carga mórbida de culpa que o paralisaria. Leva também a aceitação do destino atual, com suas dores e angústias, com a resignação que só os que sabem que estão errados podem ter. Leva ainda ao desejo e, com o tempo, ao fato, de evitar-se a repetição dos mesmos erros que, por sua vez, levariam a situação semelhante. A primeira conseqüência foi encampada pela moderna ciência da Psicanálise, aliviando tensões excessivas e angústias improdutivas. A segunda e a terceira conseqüências são as condições de liberdade que temos de aceitação do destino atual e a capacidade de, com nossas ações presentes, forjar um destino mais evoluído e inteligente no futuro.

Com estas noções preliminares expostas, podemos agora analisar um aspecto pouco difundido da Lei do Carma, ou seja, a possibilidade de existir um carma negativo e um carma positivo. Em primeiro lugar, todos os fenômenos da natureza se apresentam sob o aspecto dualístico de negativo e positivo, e o carma não é e nem poderia ser uma exceção. Em segundo lugar, é um absurdo imaginarmos Deus, ou as Leis que o representam, cobrando contas dos seres que cometem erros, proporcionais aos seus estágios evolutivos. Não podemos esquecer que a Lei do Carma é função da lei maior que é a Lei da Evolução, a qual rege todo o Universo criado. Assim sendo, desde que o ser aprenda a lição e pague os seus débitos "até o último centavo", seu carma está liberado. "Vá e não peques mais", foi a ordem dada a Maria de Magdala e a todos nós. Vá, o seu carma está liberado, e não peques mais, ou seja, não crie novo carma. Assim, podemos concluir que o débito contraído com um determinado indivíduo pode ser resgatado em indivíduos diferentes. Exemplificando: não é por termos assassinado alguém em uma das encarnações anteriores que devemos ser assassinados nesta encarnação por esta mesma pessoa. Imaginemos que a Providência Divina seja um grande Banco, onde podemos sacar e depositar quantias em dinheiro. O dinheiro que sacamos, ou seja, o mal que fazemos, poderá ser pago na ajuda aos necessitados do presente. Se assim não fora, como pagaríamos o crime cometido contra Jesus? Ele mesmo nos deu a resposta: "amando ao próximo, como a si mesmo".

“Outro conceito difundido de forma errônea, é a ligação que se faz entre carma e dor. Carma nem sempre é dor. Pode ser alegria do dever cumprido, da dívida resgatada, do irmão ajudado nas inúmeras formas que um irmão pode ajudar o outro. Quem está consciente de uma dívida e um dia pode pagá-la, este é um dia de alegria. Acontece que, neste planeta, nesta época, os credores são poucos e os devedores são muitos, confundindo-se o carma com resgate obrigatório e, portanto, doloroso”.

"Finalizando, podemos afirmar que não existe pessoas ou grupos cuidando da aplicação da Lei do Carma. Esta Lei, aliás como todas as Leis que regulam o funcionamento da Criação, funcionam automaticamente de forma independente de fiscalizações ou aplicações de terceiros. Como toda Lei, pode ser contrabalançada, adiada ou contestada, mas nunca iludida. Como exemplo temos a lei da gravidade, que pode ser contrabalançada por outro tipo de energia que a equilibre ou a supere, mas ela continua existindo e atuando (cessada a força que a contrabalança, imediatamente a gravidade agirá). Assim, também o Carma poderá ser contrabalançado e adiado, mas em qualquer dia, em qualquer lugar de qualquer tempo, deverá ser resgatado, até o último centavo, pois as Leis de Deus são sábias, iniludíveis, inelutáveis e trabalham pela evolução do homem, dos seres e de todas as coisas".

Zohar – (que é a obra mais importante para os cabalistas escrita há quase dois mil anos) – o universo é regido por leis espirituais precisas de ação e reação, causa e efeito. No comentário mais famoso sobre o Zohar, chamado Sulam (escrito no século XX pelo (Rabbi Yehuda Ashlag) é descrito um método prático, passo a passo, para entender essas leis e alcançar o grande objetivo de todas as almas: atingir um grau de espiritualização em que não existam mais barreiras entre os mundos da matéria e do espírito. Assim, a criatura seria, novamente, aderida ao Criador. Essa posição é chamada de “o fim da correção”, o mais alto nível de completude.

Passaremos então a entender "um pouco mais" a lei do dharma, do destino pessoal, e sua verdadeira tarefa nesta existência terrena.

A utilizar do próprio carma para criar um novo carma, mas desta vez um carma positivo. Existe ainda outra maneira de lidar melhor um carma negativo: a meditação.

Meditar é focar a mente, deixar as preocupações de lado, viver o aqui e o agora. Durante a meditação, a pessoa se conecta com o campo da pura energia, inteligência e consciência.

Segundo Deepak Chopra,"com a meditação, trazemos a sabedoria para nossa vida e nos aperfeiçoamos a cada momento. Devemos meditar num lugar tranqüilo, duas vezes por dia, durante 20 minutos, se possível sentado no chão, com as pernas em posição de lótus e as mãos sobre os joelhos, respirando profundamente".

Uma vez desenvolvido o estado meditativo, somos capazes de gerar esse processo a qualquer hora e em qualquer lugar.

Não poderia deixar de citar o mestre indiano Osho: "A meditação não é algo novo; você veio ao mundo com ela. A mente é algo novo, a meditação é a sua natureza, é o seu próprio ser. Como ela pode ser difícil?"

A cada mergulho dentro de nós saímos mais limpos e transformados, mais conscientes, inteiros, integrados e limpos.

Estamos de passagem neste planeta, “Viemos observar, aprender, crescer, amar e voltar para casa”. Tudo pode mudar em segundos! Podemos partir numa viagem inesperada, sem volta.

A vida é como uma orquestra, onde o maestro é a Grande Lei “Deus”.

Não esquecer jamais que não somos donos de nossas vontades, e só temos o privilégio de algumas escolhas, pois a maior parte já esta no calendário do Criador.

Lembrar também que, “Nós somos pássaros do mesmo ninho, Podemos usar diferentes peles, Falar em diferentes línguas, acreditar em diferentes religiões, pertencer a diferentes culturas, no entanto compartilhamos o mesmo lar – a Terra. Nascidos no mesmo planeta, cobertos pelo mesmo céu, admirando as mesmas estrelas, respirando o mesmo ar, devemos alegremente, aprender a progredir junto, pois, o homem pode viver individualmente, mas só pode sobreviver coletivamente". (Vedas)

Marília
Enviado por Marília em 11/11/2013
Reeditado em 27/04/2015
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