De Uma Conclusão

Eu estava sentada na sombra e o sol do outro lado da rua ofuscava minha vista, mas percebi vultos caminhando em minha direção. Só deu para comprovar que era o vulto de duas pessoas: uma mulher com aparentemente seus quarenta e poucos anos e um garoto lhe dando a mão. Cheguei à conclusão de que esses vultos eram nada mais, nada menos do que a minha mãe e meu irmão... Ergui meus olhos atentamente para reconhecê-los, mas nem precisei olhar, apenas escutar. E o que escutei não foi bom... A mulher que até então eu não reconhecia começou a escarrar no meio da rua. Então, levantei-me, virei as costas e tive a certeza: “Não é a mamãe! Ela jamais faria uma porqueira dessas no meio da rua!”