Macramê

Boa tarde caros 23 fiéis leitores e demais 36 de quando em vez. Já ouviram falar em Macramê? Se não, vão ouvir falar hoje, pois eis-me aqui para abordar o assunto, exatamente em cima de nossa Bat Hora: 17h19min. Pontualíssimo! Hoje consegui!

Até hoje pela manhã eu nunca havia ouvido falar disso. Daí a Louise foi na Banca da Dona Ricavilla comigo e viu uma revista com esse título. Claro que comprei e, depois de dar uma olhada, pensei: tenho de falar disso para os meus fiés 23 leitores na crônica de hoje no Recanto das Letras!

(Ih, só vi agora: o relógio da Lan não estava em par com o do Recanto. A crônica foi publicada às 17h18min. Buenas, antes "antes" do que nunca, não é mesmo, Kkkkkkkk)

A revista Macramê é da Editora Liberato, a trata-se do Ano I, Número 1. Logo, se guardar bem essa revista, ela pode garantir algo para o Toninho Jr na velhice dele.

Diz lá o editorial da revista, intitulado "Amiga leitora" (Ué, homem não pode ler revista ou fazer macramê? Quanto preconceito!):

"Arte milenar que começou com nós dados em cordas e jutas pelos navegadores antigos para fazer tapetes, mantas e inúmeros artefatos, no Brasil tem diversos nomes: no Sul chama-se abrolhos ou broia; no Nordeste e no resto do país, consagrou-se como macramê".

Buenas, "arte milenar". Vai ver tem até uma revista milenar sobre macramê, que vale milhões e está num cofre de algum colecionador de raridades do mundo antigo? Perto dessa suposta revista, essa que tenho em mãos, mesmo daqui uns 70 anos, valerá uma grande merrequinhazinha!

Vocês sabem o que são "jutas"?

"No Sul chama´se abrolhos ou broia". Aqui em Charky City, que fica no Sul da Groenlândia, ninguém ouviu falar dessas coisas. Abrolhos, para mim, é o nome de um lugar legal que sai na TV. Broia eu nunca ouvi falar também. Só bóia, que é ou a comida da gente ou as coisas flutuantes que colocam nos rios para assinalar as partes fundas para os barcos.

Continuando, o macramê é feito com cordões encerados (a marca "Lider" ocupa toda a contracapa da revista com uma propaganda) e nós, produzindo-se com ele objetos como bijuterias, bolsas, chinelos, biquini (!!!), bijuterias e cintos criados. Biquinís? Temos de ver isso melhor né?

Na página 07 tem uma foto enorme da bela Cleusiane de biquini azul, que é a mesmo foto da capa, só que ampliada. Contudo, só as alcinhas da parte de cima e um detalhe na parte de baixo que são feitos de macramê, o biquini é de lycra! Achei que era todo de macramê, tipo a famosa sunga do Gabeira, que era toda de crochê, se não me engano.

Cleusiane? Vocês querem saber quem é a Cleusiane?

Bom, devo informar que a Cleusiane é o nome da modelo usada na revista. Morena clara, aparenta uns 20 e tantos anos, olhos verdes (ou azul-esverdeados?), cabelos castanhos médios, seios médios, um corpo muito bem desenhado, uma pele muito bonita e foi o motivo de eu ter comprado a revista.

Mas não por esse motivo que vocês estão pensando! Explico: a minha esposa Louise foi, como disse, quem chamou a minha atenção para a revista, dizendo:

- Olha essa modelo Tunico, parece uma mulher de verdade, gostei. Não parece aquelas modelos irreais.

Louise se referia ao aspecto mais comum da modelo, mais próximo das mulheres que a gente vê nas ruas. Mas não se enganem: Cleusiane é uma tremenda gata!

Daí eu vi o nome da revista e, como já disse, me interessei em escrever sobre esse tal de macramê do qual nunca ouvira falar. A Cleusiane, apesar de bela, entrou como um apêndice (embora algum de vocês possa estar com a idéia de procurar no Google a Cleusiane pra ver se ela é bonita mesmo ou se é uma invenção minha)

Voltando ao que realmente interessa (não que a Cleusiane não seja interessante, aliás, é muito interessante, provavelmente muito mais interessante do que qualquer macramê), o macramê, digo que ele é feito de vários tipos de nós: nó de Josefina, nó de montagem, nó de laçada, nó de festonê (que rima com macramê), dentre outros ensinados na revista (mas nenhum nó se chama "nó da Cleusiane").

O macramê, embora também se pronincie com o mesmo biquinho oxítono francês de crochê e tricô, não é a mesma coisa. São técnicas parecidas, achei, olhando assim. Mas ao contrário do crochê, que usa uma agulha pequena com formato de gancho na ponta (e é exclusivamente artesanal), e do tricô, que usa duas grandes e pontiagudas (e pode ser feito industrialmente), o macramê usa cordões e nós, repito. Pode usar, além das mãos, para dar a tensão certa para os nós, uma agulha de crohê ou uma régua. Aliás, está mais perto do crochê que do tricô.

Um detalhe importante: a Cleusiane aparece em três fotos na revista, além do biquini azul, vestindo um conjunto preto e branco e uma camiseta verde, segurando uma bolsinha azul clara. E só faz "sorriso de Monalisa". Circunspecta.

Tem um blog interessante sobre o assunto, para quem se interessar: http://josibrahm.blogspot.com.br/2012/01/qual-diferenca-entre-croche-e-macrame.html

Ou procurem o site da revista na internet ou abram a mão e comprem a Macramê mas banca, como eu.

Era isso pessoal. Um abraço.

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Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.

Mais textos em:

http://charkycity.blogspot.com

(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né.)

Antônio Bacamarte
Enviado por Antônio Bacamarte em 22/11/2013
Reeditado em 22/11/2013
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