PAULO MENDES CAMPOS, O FUTEBOL E EU

PAULO MENDES CAMPOS, O FUTEBOL E EU

Fábio Souza das Neves

Paulo Mendes Campos nasceu em 1922, mesmo ano que nasceu meu avô paterno. Tenho quase certeza que meu avô nunca ouviu falar em Paulo Mendes Campos.

PMC era botafoguense, eu sou gremista. Ele dizia que era igual ao Botafogo, eu tenho um amigo que gostava da namorada pelo motivo dela ser igual ao Brasil de Pelotas.

PMC tinha “birra” com os técnicos, eu tenho com o excesso de dinheiro que rola no futebol. Um dia escrevi esta bela frase:

“ Consigo ser feliz vendo um jogo de futebol, pelo motivo de esquecer durante os noventa minutos da partida todo o dinheiro que está envolvido.”

Eu também não resisto ao prazer de dar um chute na bola, apesar de andar um pouco “ressabiado” da minha última lesão ( que me custou dois meses de caminhadas mínimas , algumas sessões de fisioterapia e ameaça de cirurgia) e meu preparo físico não andar muito bom. PMC relata que quase ficou inutilizado para a prática do esporte bretão por um flamboaiã, já a minha lesão foi menos poética foi um tombo em uma quadra de cimento.

Acredito que eu e PMC temos vaga no time dos apaixonados por futebol.

VOCABULÁRIO

BIRRA- desagrado, uma aversão junto com uma pouco de teimosia.

RESSABIADO- temeroso, com um pouco de medo.

OBS: Crônica inspirada nas crônicas de Paulo Mendes Campos, do livro “ O gol é necessário”

Fábio Souza das Neves
Enviado por Fábio Souza das Neves em 17/12/2013
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