Ah, Ano Novo!
Cá estamos para mais um reveillon. Escalamos obstáculos reais e imaginários. Teve instantes em que nos curvamos, mas não nos deixamos quedar. Driblamos as dificuldades, detectamos ácidas verdades, descobrimos desejos póstumos. Nem só anjos ajudaram a escrever nossa biografia. Também erramos algumas vezes. Não fizemos muitas coisas em prol de uma única coisa. Tudo bem. Cremos em novas chances.
Quando o silêncio se fez necessário, questionamos. Calamos quando deveríamos ter dito não; pronunciamos talvez quando a vontade foi dizer sim.
Não fomos a Nova Iorque, Londres ou Madri e nem por isso a nossa vida foi um vácuo.
Ignoramos aquele ponto no escuro. O futuro não nos amedrontou. Dançamos conforme a música. Desistimos daquele regime, adiamos aquele curso, não participamos com afinco da Campanha da Fraternidade, mas por outro lado, ajudamos (de várias maneiras) muitas pessoas.
Apesar da velocidade da tecnologia digital (da qual somos quase escravos) não encontramos tempo para ler alguns bons livros, para jantar com aquela amiga maravilhosa, para ir a um museu.
Precisamos rever alguns comportamentos ...
Também tivemos muitas vitoriazinhas: conseguimos quitar aquela dívida que pesava feito chumbo em nossas costas, conhecemos pessoas legais, nossos amigos continuaram amigos e nossa família esteve sempre ao nosso lado. E há um importante detalhe: permitimo-nos o direito de esconder no peito esse arco-íris de sonhos.
Sonhos que haveremos de realizar, porque continuaremos a enxotar o desânimo, a barrar o envelhecimento do nosso espírito e a agradecer todo dia esse presente que é a nossa vida e as muitas vidas que amamos.
Somos dignos de um ano novinho em folha. Um Ano Novo Feliz!
♦ A quem ler esse texto, obrigada pela leitura e pela visita. E tenha um 2014 muito, mas muito feliz!