UM ADEUS À ZEFINHA
Ysolda Cabral
 

 
Num final de semana de muita paz e poesia, apesar da saudade da filha, ora baiana, alguma coisa tinha que acontecer para, de certa forma, me tirar um pouco a alegria: Acabo de receber a notícia da morte de "Zefa Triana Cabral de Siqueira" - a Zefinha. Cachorrinha poodle da minha irmã Yara, que era de todos nós. Morreu e já está no céu de cachorrinhos, correndo atrás das borboletas, nos jardins celestiais. Coisa que não fazia  há muito tempo.

Ela estava muito velhinha! Não enxergava, não escutava, não latia; quase não se mexia e nem vivia à sua vidinha de cachorrinha que ama, apenas continuava sendo amada e acho que nem se dava conta.

De certa forma fiquei aliviada com a notícia. É que eu sofria muito ao vê-la naquele estado. Tanto que, certa ocasião, sugeri à minha irmã a eutanásia. Claro que ela não concordou e até ficou muito chateada comigo.

Mas afinal, ela se foi...  Se foi de fato...

- Que tristeza!  Que tristeza!

Lembro que, ainda ontem,  Yauanna me passava na cara o fato de não ter lhe dado nem um irmão, nem um cachorrinho e nem um gato...

Bom, o irmão eu realmente lamento não lhe ter dado, mas o cachorrinho e/ou gato, não lamento não! 

Dói muito quando se vão!

Já basta o sofrimento da perda dos entes queridos... É isso!


 
Praia de Candeias-PE
19/01/2014
Noite silenciosa e triste