Free Dom

Era uma vez dois jovens que viviam em um reino estrangeiro, um se chamava Freheit e o outro Eleutheria; um era alemão e o outro era grego, porém ambos tinham um único objetivo encontrar um local chamado Libertas, cuja lenda dizia que nesse lugar, todos teriam permissão de ser o que quisessem e, o mais extraordinário, teriam o poder de ir e vir.

Naquela época, e essa estória se passa há muito tempo, ninguém podia fazer nada sem a autorização dos seus respectivos reis, daí o risco daquela ousadia, se alguém descobrisse que eles tinham partido de seus reinos em busca dessa tal Libertas, eles poderiam ser presos e ser preso nessa lenda era pior que ser executado, pois os prisioneiros eram aprisionados numa armadura de ferro que impossibilitava até mesmo o movimento do dedo mindinho. Porém, a busca valia a pena e mesmo sob o risco de perder o bem mais preciosos que eles tinham - o movimento - eles foram em frente e depois de toda uma jornada que renderia belas crônicas e contos, mas atrapalhariam a moral da estória aqui, eles chegaram em Libertas e na entrada do lugar, havia um cavaleiro guardando a porta.

- Caro cavaleiro, este é o reino onde todos podem movimentar suas cabeças na direção que bem eles queiram? - perguntou Freheit.

- Sim - respondeu o cavaleiro - Os movimento de todas as cabeças são livres nesse reino.

- É verdade que esse é o reino onde podemos mover também os nossos corpos livremente sem nenhuma restrição externa?- Perguntou Eleutheria.

- Verdadeiro - respondeu o cavaleiro.

Os dois amigos olharam um para o outro e riram aquela riso solto e sem controle que todos nós já rimos na vida quando conseguimos o que mais queríamos. Contudo, surgiram dezenas de guardas que os seguraram e colocaram em seus rostos uma máscara de ferro, e eles se viram sendo carregados dali para o castelo, aonde foram jogados ao chão, aos pés do rei de Libertas.

- Mas o que esta acontecendo? - perguntou Eleutheria - Eu pensei que essa era a terra da liberdade e estamos sendo tratados assim.

- Nem em nosso reinos, somos levados de um canto ao outro sem motivos- disse Freheit - Nem obrigados a usar essa máscara de ferro.

- Eu explico - disse o Rei de Libertas - Vocês riram! E aqui em Libertas, tratamos a liberdade muito seriamente para ser tratada como piada, quem ri dela, é condenado a usar uma máscara de ferro para não contaminar a nossa população com suas risadas. Se quiserem viver aqui terão que usar essa máscara.

- Mas estávamos rindo de felicidade por encontra o seu reino - tentou explicar Freheit.

- O riso descontrolado é perigoso! Os movimentos involuntários são selvagens e destrutíveis; se não forem devidamente controlados podem destruir a nossa cidade - disse o Rei.

Conta a lenda que os dois amigos por serem estrangeiros, tiveram permissão do reino para sair daquele reino. E eles saíram de Libertas e continuaram a buscar um outro lugar onde pudessem além de poder mover seus corpos e suas cabeças; rir compulsivamente também. Porém, contam as más-línguas que essa jornada estava desde o principio fadada ao fracasso, afinal, liberdade é como o pensamento, quanto mais tentamos definir, mas foge de lugar.