Paguei para tirar uma vida, que já não era vida...

Hoje dia 20/03 2014 o sofrimento do nosso cãozinho amado acabou!

Eu não suportava mais saber que ele estava sofrendo tanto! Ver o sofrimento nos olhos da minha filha que cuidava dele, eu nem tinha mais forças para vê-lo.Era muito duro. Liguei para a veterinária, acertei o preço

e visto que não havia mais perspectivas de reverter o quadro de saúde dele, ela veio, aplicou uma anestesia e depois uma injeção que parou o motorzinho (coração) dele. Foi doloroso, as lágrimas saltavam dos meus olhos, mas foi necessário.A primeira vez que ele ficou doente a veterinária

sugeriu que sacrificasse porque se confirmasse a cinomose não haveria chance, e se houvesse, seria muito incerta. Depois de me dizer que tinha visto 5 cães serem salvos eu decidi: Vamos tentar! Tratamos, anticorpos, antibióticos e outros recursos.Ele se recuperou e ficou ótimo! Alegria geral!

Mas eis que como do nada apareceu de novo murchinho, babando e rosnando. Convulsões e outros sofrimentos indescritíveis. Definhando

embora ainda lutasse pela vida... Só nos restou um ato final, acabar com a dor dele e com a nossa aflição de vê-lo sofrer tanto!

Eu nunca matei um animal com minhas próprias mãos, não teria coragem.

Mas hoje entendi que em alguns casos, tirar a vida é um ato de amor.

A veterinária veio, examinou e constatou que realmente dessa vez já não daria mais para fazer nada. Anestesiou e em seguida parou o coração e ele se foi em dois suspiros no colo da minha filha que o adotou e chamava a si mesma de mãe dele... Foi muito humanizado, uma morte digna.Pena que a idiotice humana ultrapassa a estupidez e não permite isso em humanos! Eu assinaria todos os documentos declarando que no momento que a vida não fosse mais do que sentir dor devido a uma doença incurável, me desligassem disso que insistem em chamar de vida, em nome de uma ética hipócrita que não serve para nada! Chorei pela dor da perda do nosso bichinho querido, mas meu coração estava em paz pelo fim da sua dor... A saudade ocupará o lugar do que agora ainda é angústia e ficarão só lembranças boas.

Adeus, Ronaldo. Te amamos e fomos amados por você.Dorme agora sem dor.

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 19/03/2014
Reeditado em 23/03/2014
Código do texto: T4736031
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