“E QUEM UM DIA IRÁ DIZER QUE NÃO EXISTE RAZÃO NAS COISAS FEITAS PELO CORAÇÃO?”

No decorrer da vida a gente aprende que desencontros são quase uma regra...e encontros são a exceção. E não adianta querer negar. Não me chame de pessimista...é verdade! Mas pense no lado bom disso: imagine se fosse assim fácil encontrar uma grande paixão ou um grande amor?? Até porque nem seriam grandes. Seria o caos!

Tente explicar isso pra uma garota de 15 anos...claro que existem raríssimas exceções, mas a maioria não entende e nem quer entender o lado bom de se decepcionar. Se eu entendia? Não...não me veja tão madura assim. Pra comprovar isso basta comparar as coisas que eu escrevia (o que eu pensava) com o que eu penso hoje.

O que por sinal é totalmente normal. Durante essa fase cheia de contradições, sentimentos reprimidos, rotina limitada pela “...escola, cinema, clube e televisão”, exigir maturidade chega a ser cruel. Mas ainda bem que os anos passam!

Algumas vezes, quando fazemos nossa parte e as coisas não acontecem como esperávamos, pode ser um claro sinal de que é preciso repensar o que foi feito...ou o que realmente queremos. Talvez a vida queira simplesmente mostrar algo importante, que nós, às vezes teimosos, relutamos em ver.

Já reparou que às vezes certas situações desagradáveis se repetem na sua vida? Você dá o melhor de si, sonha, planeja, se empenha, e... de repente, dá errado. Nem sempre isso é um teste à sua persistência...pode ser apenas uma “placa” indicando que você está no caminho errado. E então, fazer o quê? Desistir? Como quase tudo...a resposta é: depende.

Depende do que mais essa situação envolve além de seus interesses. Se é algo que interfere diretamente na sua vida, e não envolve sentimentos de outra pessoa – tipo...ser aprovado num concurso, (qualquer semelhança com a minha realidade não é mera coincidência) desistir é algo que nem deve fazer parte do seu vocabulário. A menos que você não tenha certeza do que quer. Mesmo que isso acarrete certas privações. Com certeza não será perda de tempo. Esforço, dedicação, disciplina, ensinam muito e sempre nos acrescentam algo também no aspecto pessoal.

Agora, se o que você tanto almeja envolve sentimentos de outra pessoa...persistência nem sempre é sinônimo de amor. Se amamos alguém, devemos respeitar sua liberdade. Se até Deus respeita nosso livre arbítrio, por que não iremos respeitar as escolhas de alguém? Se amamos de verdade essa pessoa, mais um motivo então pra respeitar essas escolhas. O melhor a fazer é seguir seu caminho, e se conformar com a idéia de que desencontros são a regra, mas com certeza o grande e maior encontro acontecerá. A prova disso é olhar pra trás e ver como a gente aprende mesmo com as situações que, há alguns anos, pareciam estar dando errado. Na verdade, deu certo! A diferença é que às vezes falta um detalhe pra mostrar a verdade: um detalhe chamado tempo...