TUDO TEM UMA CAUSA

TUDO TEM UMA CAUSA

Hoje se fala muito em causas determinantes, os meios de comunicação, a política, essa nem se fale, a religião, mas devemos tomar certos cuidados. Sem querer, muita gente, em todas as classes sociais acaba defendendo a filosofia do determinismo absoluto, onde tudo tem uma ação causadora determinada, e isso é perigoso.

Alguém pode ser moralmente responsável, se não tem possibilidade de escolha?

Onde está a liberdade e a responsabilidade moral?

Ela é amiga e companheira da necessidade?

Será que as causas determinam as ações?

Comportamento determinado, liberdade sufocada! Não é isso?

Numa decisão causada por um terceiro, não se pode falar em liberdade.

O passado determina o presente, e quase garante a capacidade de prever o futuro.

Tudo é causado e, portanto, não existe liberdade humana absoluta, e responsabilidade moral acaba sendo relativa, diante da Tese do determinismo.

Mesmo que a tese do determinismo absoluto seja verdadeira, não decorre disso que o homem seja mero efeito das circunstâncias que determinam o seu comportamento.

O ser humano ao ser dotado de consciência pode conhecer a causalidade que o determina e atuar conscientemente, transformando-se assim num fator causal determinante. Este fato não rompe a cadeia causal e continua sendo válido o princípio de que nada se produz que não resulte de causas. Mas dentro dessa cadeia universal, é preciso distinguir o fator causal particular constituído pelo ser humano como ser consciente e prático. Com isso, ele deixa de ser um mero efeito para ser uma causa consciente.

O fato de que seja causalmente determinado, não significa que o ser humano não possa, ser causa consciente e livre de seus atos.

Se tudo o que acontece é determinado por causas geradoras de resultados, o determinante já está pode ser calculado antecipadamente, portanto, não se tem o que fazer.

Isso pode levar a um liberalismo onde tudo pode. O que na realidade não é verdade absoluta. Ser livre significa decidir e operar como se quer; ou seja, poder agir de modo diferente de como fizemos se assim quiséssemos ou decidíssemos. O que é interpretado, no sentido de que se poderia ter feito o que não se fez ou, se não aconteceu o que poderia ter acontecido, isso contradiz o princípio de que tudo está determinado causalmente. Dizer que tudo tem uma causa significa também dizer que somente poder ter acontecido o que aconteceu de fato. Se algo aconteceu que não poderia ter acontecido, embora se tivesse querido que acontecesse, implica em que se tem uma liberdade de decisão e de ação que foge à determinação causal. Estamos falando desse determinismo que ronda a sociedade atual.

Falaremos mais sobre isso.

Acácio

Acácio Nunes
Enviado por Acácio Nunes em 04/05/2007
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