TIRO, PORRADA OU BOMBA - EIS A QUESTÃO

Várias questões aí. Pensadores tomos somos, já que temos essa capacidade que nos difere dos outros animais. Contemporânea ela também é, afinal está vivendo agora, na nossa época. Mas chamar de GRANDE já é exagero, vamos e venhamos. Mesmo durante toda a história da Filosofia, muitos são até citados como excelentes pensadores, mas poucos são chamados de GRANDES pensadores. Fora isso, o professor poderia até ter colocado qualquer outra música, qualquer outro trecho. Mas num mundo violento que estamos vivendo, é colocada justamente a parte "se bater de frente é tiro, porrada e bomba".

Por que não questionar então a importância do funk na vida moderna, ou que polêmica esse trecho mostra, tantas coisas poderiam ser exploradas mesmo usando o funk e a cantora. Mas ele apenas mandou completar uma frase da música, aliás, pedagogicamente imatura essa postura de "mandar completar a frase". Enfim, se esse professor quis polemizar e ver o nome dele na mídia, conseguiu. Se ele prejudicou muitos alunos que até saberiam debater sobre o funk, mas não completar uma música, é certo.

Num momento que tanto questionamos a Educação desde a pré-escola, que cobramos postura dos políticos, que discutimos sobre cotas, vem um professor e faz isso. E claro que a mídia está dando mais importância à cantora do que ao que realmente importa. Agora esse é o assunto do momento. Mas que assunto mesmo? Ah, sim, se bater de frente é tiro, porrada e bomba...

Mariza Schröder
Enviado por Mariza Schröder em 09/04/2014
Reeditado em 11/04/2014
Código do texto: T4762371
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