Nas catacumbas do Oriente

É Semana Santa, quinta-feira, véspera da Paixão.

As ruas estão vazias, não há nenhum sinal de vida circulando.

Os maometanos estão confortáveis em suas casas, na mesma medida em que os cristãos estão escondidos.

Escondidos para poderem celebrar os ritos da Paixão e da Ressurreição do Senhor Jesus.

Escondidos por não seguirem ao impostor de Meca.

Escondidos por serem cristãos.

E é nessa semana onde a Igreja relembra o martírio do Filho de Deus na cruz que os cristãos do Oriente se apegam mais ainda à esperança da ressurreição.

As bombas, as armas, as agressões, os atentados que os muçulmanos impõem, não são capazes de fazer esses anônimos deixarem de seguir a Jesus Cristo.

Nem as prisões arbitrárias, nem a violência e as violações, nem as igrejas incendiadas, nem as meninas cristãs escravizadas sexualmente, nada faz esses valentes discípulos do Mestre deixá-lo.

Os cristãos olham, desolados, sua casa de oração destruída, enquanto os servos de Alá contemplam a tristeza cristã com sarcasmo.

Quem foi que disse que a era das perseguições havia terminado? Quanto engano!

É noite de Quinta-feira Santa, quando Cristo se fez servo e serviu aos discípulos. Noite de vigília, de oração, onde nem o mais implacável perseguidor deixa de ser lembrado nas preces dos cristãos, para que se converta.

É noite de Quinta-feira Santa, e no dia da instituição da Eucaristia, os cristãos escondidos recebem a Cristo Eucarístico, dentro de porões, casas miseráveis ou nas ruínas de uma igreja destruída.

Resumindo: eles estão nas modernas catacumbas.

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(E. R. M., 05/04/12)

Evandro Monteiro
Enviado por Evandro Monteiro em 17/04/2014
Código do texto: T4772962
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