O Momento que segue

Que cabeça é essa que só pensa em letras e esquece o caminho, segue o passarinho, conversa com borboletas e não resiste a uma ponte sem fim, a uma porta aberta, a um cais distante, a uma estrada deserta?

Eu preciso não saber o que me espera, uma necessidade de atravessar o tempo e encontrar com meus desejos é inerente ao meu medo. Assim consigo voar sem sair do chão inventando um tempo que não existe.

A espera é tentadora, antes do encontro o sabor é verdadeiro e absolutamente indescritível. A sensação do porvir faz com que nosso corpo inteiro se comunique entre si fazendo uma revolução interna e transformando tudo isso num incrível momento de prazer. Cada ser reage de uma maneira, a adrenalina faz com que os sentimentos se encontrem num misto de ansiedade, medo e delírio. Não importa a idade, sentimos do mesmo jeito, os efeitos são criados de acordo com a vivência de cada um. Por isso, sentimos diferente, temos prazeres diferentes, mais ou menos intensos do que outros. Quando nos permitimos algo inusitado, diferente do que vivemos no mundo real estamos provocando em nós mesmos uma oportunidade única de desafio. O momento segue e se não seguimos com ele perdemos o “trem”. Cada um com sua “bagagem interna” segue a sua maneira, não tem idade para ficar parado ou seguir, nunca é tarde para se dar de presente “momentos seguintes”.

"Num tempo que não existe

Mas que na mente persiste

Nos lugares que nós criamos

E que por certo estamos

Real ou só fantasia

É tudo que extasia." (F Santos)

PS: Obrigada amigo pela sempre presença. Sinto-me honrada com sua interação e visita. Um cheiro procê.

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 24/04/2014
Reeditado em 27/04/2014
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