A MENTE HUMANA SÓ CONTROLA A VERDADE

E então você aprende a controlar a mente. Você aprende técnicas e truques que ajudam a fazer isso. E pratica. Bastante. E com esse controle você consegue materializar pensamentos. As coisas começam a acontecer em sua realidade conforme o que você pensa. A partir de então as frustrações por não alcançar os resultados desejados não mais acontecerão.

O dia amanhece bonito e parece que vai dar praia no dia seguinte. Se ele assim não amanhecer é certo que você assim o fará ser. Isso é moleza. Irás lidar com a natureza, que é livre de falcatruas. Se não der para mudá-la, mude você. Mas tem o pormenor de uma dívida para quitar até o fim do dia e por essa razão você acha que há pouca chance de aproveitar o seguinte na praia. Pouca chance ainda não é chance nenhuma. Ainda tem que arrumar o dinheiro e você vê nessa quase impossibilidade a chave para consegui-lo. Nisso você aumenta sua necessidade de dinheiro. Pensa em quitar a dívida e viabilizar seu pequeno passeio. Como assim?

Uma das coisas que você aprendeu é que pode negociar consigo mesmo para conseguir tudo o que quiser. Apostar em uma pequena promessa pode ser o bastante. Você lembra que ao longo do seu aprendizado tomou o conhecimento de que o ser humano foi projetado para sentir prazer. Sendo assim você não vai prometer subir uma escadaria de joelho, sentir bastante dor caso você consiga o valor que passou a precisar. Certamente, se você fizer isso, sua mente vai recusar. Ela não é boba, não quer te dar nada em troca de sacrifício. Quem se esforçará é ela mesma quando você for subir os degraus. Por isso você coloca sua ida à praia no dia seguinte como prêmio para o caso de ela atrair para você, à tempo, a quantia para quitar sua obrigação financeira e a da promessa. Aí ela vai delirar e vai correr para começar o trabalho de lhe providenciar a bufunfa. Falta uma coisa, ela sabe, mas já te falo!

De repente, conseguir lavar dez carros dos que passam pela sua porta e são estacionados por seus donos para que eles possam realizar um despacho ou pagar uma conta lhe parece boa opção para levantar o capital. Geralmente esses motoristas consomem em suas visitas mais do que o tempo que você levaria para lavar um carro. São dez desses veículos que você precisa lavar. Será que a sua mente pode lhe ajudar conferindo-lhe clientes? Fazendo com que eles vejam sua placa oferecendo a limpeza e a máquina lavadora de automóveis que você já tem e se interessem em te entregar seus veículos para o serviço.

Quando estamos em um ponto de ônibus esperando o ônibus da linha que a gente usa todos os dias é raro percebermos um Vectra amarelo passar em frente a nós durante a espera. Mas se estivermos esperando exatamente por um Vectra amarelo, haveremos de ver, até a hora que o que esperamos chegue, montanhas deles passarem. Ao ponto de dizermos "Nossa, nunca pensei que aqui passasse tanto desse carro e nessa cor". A mente do homem corresponde a suas expectativas. Isso está no livro do James Hunter, O Monge e o Executivo. E é o que explica sua alta possibilidade de angariar veículos para dar aquele banho. Parece ser o negócio certo para a região o que você tem em mente. Irá dizer para você dessa vez, só por ter se prostrado na calçada com uma máquina de compressão de água: "Poxa, nunca reparei que precisam tanto que se limpe carros nesse local aqui". Pasme: eu também não imaginava que as pessoas precisavam tanto ler o que eu pus no meu livro.

É hora de colocar em prática o que aprendeu. Não existe mágica dessas que se pisca o olho e aparece na sua frente o que você precisa. O que existe é mágica para atrair condições para que você realize seus desejos. Mas você vai ter que trabalhar. Terás que agir. E uma das técnicas que você aprendeu e que lhe ajuda a controlar a mente é você criar um antipensamento para por em conflito com o pensamento. Algo como a matéria e a anti-matéria em colisão que a Ciência diz ter sido o fator originador de tudo que existe neste mundo. Sempre que queremos uma coisa, muitos pensamentos ocorrem. Uns que intencionam atrair o que queremos e outros que repelem sem intencionar. Todos sem que os desejamos e sem que os possamos conter. Nenhum dos dois é bom. Precisamos de uma boa reflexão que neutralize esses dois. Estou preparando um monte dessas para a minha próxima publicação. Acalme-se, vai ser gratuita, que nem é o que ponho aqui e no blog SellYourFish.

Se um desejo já foi feito, se se sabe o que quer e o desejou direitinho como na promessa bem feita que ilustramos, logo, a próxima etapa é parar o pensamento para que nada atrapalhe o universo de cuidar da tarefa de lhe colocar no caminho do que você quer. Para isso você usa o antipensamento para frear os pensamentos. Do conflito dos dois a consciência se perde, se absorta e existe como se estivesse ligada em controle remoto, só cuidando das obrigações lhe atribuída. Em outras palavras isso são o foco e a disciplina. Os carros começarão a aparecer para serem lavados e você terá que ocupar sua mente com isso. Isso e também cobrar pelo serviço e guardar o dinheiro até o montante se compor. Pode ter certeza que você vai ter aquela sensação que ele se compôs a tempo, no minuto que faltava para você parar de trabalhar e rumar para o credor e em seguida para o guichê da transportadora que lhe venderá uma passagem para a praia.

E você se vê fazendo isso todo dia e todo dia é a mesma história: você deseja, crê e recebe. Nunca falha. Mas um dia você quis ver o seu time jogar e lá foi para o estádio. Seria um jogo difícil e você não se deu o luxo de torcer sem usar sua especialidade mental. Sua mente, como nunca, estava impulsionada a te dar a vitória do seu time. Você nem se preocupava com decepções. E o jogo estava pau a pau. Seu time só perdia gol, enquanto o adversário vez ou outra assustava. Quando assustava era para valer: o goleiro do escrete que você foi acompanhar fez belas salvações. São noventa minutos e mais os acréscimos, em algum momento a partida encontrará um fim. O time que você torce até aí pareceu querer empatar, não esboçou ataque algum, estava irritante até. O técnico purrinhando, não fazia substituição no ataque e quando isso aconteceu faltava pouco para acabar o jogo. Um adversário fraco, todos visualizavam a fragilidade dele. Um pouco de vontade de jogar e aquela defesa que era uma avenida de tanto que avançava seria vencida. O empate não era lá grandes coisas, mas o que não podia acontecer é o adversário ganhar o jogo. Eis que isso se deu aos quarenta e sete minutos do segundo tempo. Você viu a casa cair e não havia mais chance de qualquer reação. Ainda mais que você se desestabilizou completamente. Não conseguia entender como pode ter falhado. Pensava um monte de coisas. Que seu poder havia o abandonado, que ele não vale para o futebol porque envolve outras pessoas e ele tem que ser operado individualmente. Talvez fosse por isso que toda vez que ele falhou no futebol – não foi a primeira vez – ele prosseguiu firme com as outras mentalizações. Que aliás é que são realmente importantes e que lhe dão algo sólido.

Só o que você não pensou é que o resultado da partida pudesse estar armado. Por mais que você consiga influenciar a matéria em sua realidade, essa situação que acontece nos bastidores do futebol corriqueiramente, sem pudor e de maneira abstrata é páreo para você. É como querer mudar a história de um filme que está gravado. Corrupção não se pode mudar assim tão facilmente. A não ser que você quisesse fazer o estádio desmoronar. Aí, sim, os corruptores iriam sentir na pele que deveriam ser honestos com o público em geral e pagadores de ingressos em particular em vez de trabalhar, com maracutaias e jogadas para dar renda, ibope e aumentar o repeteco dos acontecimentos e as indignações, a devoção dele para com o futebol. Coisas que sabem gerir muito bem e que enchem os bolsos. Só os deles. Porém, jogar o estádio no chão iria afetar até mesmo quem você não desejaria. Pagaria, talvez, um preço maior por isso. O melhor é gastar o tempo com aquilo que se pode tocar, se ver com os olhos nus, de preferência que seja bastante importante para a vida da gente e que se possa alterar. Não é o caso do futebol e de tudo o que o acompanha.

Eu sou autor do livro "Contos de Verão: A casa da fantasia". No livro há mais sobre controle da mente e ataques a instituições sociais pouco verdadeiras.