E Se Fosse Naquele Tempo ... ?
Quando comecei a trabalhar, peguei a Minolta do meu Pai emprestada e saí por São Paulo tirando fotos. Comprava um rolo de filme com 24 ou 36 poses uma ou duas vezes por mês e não economizava nadinha do filme.
Com certeza era uma ocasião especial: batizado, aniversário, crisma, casamento, formatura, Natal, Páscoa ... Era difícil alguém registrar um momento corriqueiro em fotografia. Tinha que ter um bom motivo, assim como o meu Pai que quando solteiro tirava foto dos amigos para os mesmos mandarem para os familiares em outra cidade ou estado.
Mas, o meu Pai também tirou muitas fotos da minha Mãe ainda solteira e como não poderia deixar de ser, tirou também dos oito irmãos dela para fazer média na casa do Senhor João. Deve ter lhe custado uma boa parte do seu salário mas, com certeza valeu cada centavo. Se não fosse pelo meu Pai, os meus tios não teriam fotos de quando eram crianças e pré-adolescentes.
Minha tia namorando no Minha Mãe solteira
portão - Anos ´50 Anos ´50
Eu no colo do Tio Jason, Tio Bira logo atrás,
E olha que existem provas bombásticas em todos os álbuns. São fotos com olhos vermelhos, cabeça ou alguma outra parte do corpo cortada, o famoso chifrinho na cabeça de algum infeliz, zíper da calça aberto, sombra cobrindo o rosto do bebê ou da noiva ... Bastava tirar a foto e a lembrança registrada era exatamente aquilo.
Hoje em dia, todo mundo quer sair bem na foto e se não sair, sorte de todos que existe o pau pra toda obra: o Photo Shop pra deixar qualquer um com cara e corpo de diva ou galã. Basta dar uma retocada aqui e acolá ... Tem gente que exagera e acaba nem se reconhecendo no final do 'retouch'.
Hoje, é difícil resistir tirar fotos de momentos únicos da nossa vida, como o nascimento dos netos.
Nacimento da Heloísa - 2009
Você sai por aí pra dar uma volta e sempre vai flagrar alguém clicando uma foto, seja de uma criança correndo pelo parque, o pôr do sol na cidade ou na praia, o flagrante de um acidente de automóvel, registrar o preço que está na prateleira que difere daquele que a caixa registradora marca, um encontro casual com alguma personalidade famosa e assim vai. Se você bobear, alguém está lhe filmando agora mesmo. Portanto: BE ON YOUR BEST BEHAVIOR! (Esteja Bem Comportado!)
Quando comecei a trabalhar, peguei a Minolta do meu Pai emprestada e saí por São Paulo tirando fotos. Comprava um rolo de filme com 24 ou 36 poses uma ou duas vezes por mês e não economizava nadinha do filme.
Tirava fotos dos meus primos mais novos, da nossa pequinês Jackie, esculturas e igrejas espalhadas pelo Centro, crianças que me encantavam etc e qual não era o tamanho da minha frustração quando na retirada das fotos no estúdio fotográfico ou no Departamento Fotográfico da Kodak do Mappin ou da Mesbla, constatava que nem metade das fotos saíram boas e a conta a pagar astronômica. A paixão até que durou: uns três anos mais ou menos. Desisti mesmo por causa do alto custo e por que não conseguia dizer não quando pediam para eu bater uma foto e acabava dando de presente. Hobby caro para uma professora de inglês que estava dando seus primeiros passos na profissão e por que não dizer na vida também.
Hoje, nem precisa ter câmera, basta ser dono de um bom celular e voilá! Foto instantânea, arquivada e melhor que da Polaroid que levava poucos minutos para revelar e tinha que deixar secar se não borrava.
Fico imaginando ... Pensando ... E se eu tivesse tido um celular com câmera naquele tempo? Na minha adolescência? Ou melhor ainda, aos dezoito ou vinte anos de idade? Poderia ter tirado tantos 'selfies' antes de sair para os bailes e shows!
Os pais não deixavam a gente tirar fotos por que tirar fotografia não era para qualquer um. Era uma arte e na falta de um fotógrafo profissional a família sempre convocava um parente ou amigo para ser o fotógrafo oficial. Nenhum pai no seu juízo perfeito entregava sua máquina fotográfica nas mãos do seu filho, muito menos para quem usava óculos. O filme e a revelação custavam os olhos da cara portanto, as fotos eram do jeito que o adulto queria e tirava. Sem muitos palpites, muito menos de uma criança ou adolescente.
Tirar foto naquele tempo não era assim como é hoje em dia: quase uma brincadeira de criança. Basta você querer bater uma foto que você vai lá e bate sem ter que carregar sua câmera com filme. Até uns quinze anos atrás, a mãe mandava o filho tomar banho e colocar uma roupa bonita, de preferência novinha. A gente ficava com a pulga atrás da orelha sobre o banho por que a câmera não registrava cheiro nem aroma. Mas, vai lá discutir com a sua mãe que você tinha que ouvir o que não queria e ainda ficava de castigo depois de ter tirado a maldita foto.
Hoje, nem precisa ter câmera, basta ser dono de um bom celular e voilá! Foto instantânea, arquivada e melhor que da Polaroid que levava poucos minutos para revelar e tinha que deixar secar se não borrava.
Fico imaginando ... Pensando ... E se eu tivesse tido um celular com câmera naquele tempo? Na minha adolescência? Ou melhor ainda, aos dezoito ou vinte anos de idade? Poderia ter tirado tantos 'selfies' antes de sair para os bailes e shows!
Os pais não deixavam a gente tirar fotos por que tirar fotografia não era para qualquer um. Era uma arte e na falta de um fotógrafo profissional a família sempre convocava um parente ou amigo para ser o fotógrafo oficial. Nenhum pai no seu juízo perfeito entregava sua máquina fotográfica nas mãos do seu filho, muito menos para quem usava óculos. O filme e a revelação custavam os olhos da cara portanto, as fotos eram do jeito que o adulto queria e tirava. Sem muitos palpites, muito menos de uma criança ou adolescente.
Tirar foto naquele tempo não era assim como é hoje em dia: quase uma brincadeira de criança. Basta você querer bater uma foto que você vai lá e bate sem ter que carregar sua câmera com filme. Até uns quinze anos atrás, a mãe mandava o filho tomar banho e colocar uma roupa bonita, de preferência novinha. A gente ficava com a pulga atrás da orelha sobre o banho por que a câmera não registrava cheiro nem aroma. Mas, vai lá discutir com a sua mãe que você tinha que ouvir o que não queria e ainda ficava de castigo depois de ter tirado a maldita foto.
Eu no 'kindergarten' - 1966
Foto Oficial do Anuário
Com certeza era uma ocasião especial: batizado, aniversário, crisma, casamento, formatura, Natal, Páscoa ... Era difícil alguém registrar um momento corriqueiro em fotografia. Tinha que ter um bom motivo, assim como o meu Pai que quando solteiro tirava foto dos amigos para os mesmos mandarem para os familiares em outra cidade ou estado.
Dezembro/Inverno nos EUA - 1963
Mas, o meu Pai também tirou muitas fotos da minha Mãe ainda solteira e como não poderia deixar de ser, tirou também dos oito irmãos dela para fazer média na casa do Senhor João. Deve ter lhe custado uma boa parte do seu salário mas, com certeza valeu cada centavo. Se não fosse pelo meu Pai, os meus tios não teriam fotos de quando eram crianças e pré-adolescentes.
Minha tia namorando no Minha Mãe solteira
portão - Anos ´50 Anos ´50
Eu no colo do Tio Jason, Tio Bira logo atrás,
meu irmão Frank e o Tio Fiça com o cachorro da família.
Pensando melhor, não ter esta tecnologia nos anos ´70 e ´80 foi até uma benção por que a gente viveu aquele momento 100% e estávamos focados no que estava acontecendo ao nosso redor. A gente estava pouco se lixando se saia bem na foto ou não.
Vinnie com a Bisavó Joana
e o meu Pai ao fundo - Julho ´85
E olha que existem provas bombásticas em todos os álbuns. São fotos com olhos vermelhos, cabeça ou alguma outra parte do corpo cortada, o famoso chifrinho na cabeça de algum infeliz, zíper da calça aberto, sombra cobrindo o rosto do bebê ou da noiva ... Bastava tirar a foto e a lembrança registrada era exatamente aquilo.
Hoje em dia, todo mundo quer sair bem na foto e se não sair, sorte de todos que existe o pau pra toda obra: o Photo Shop pra deixar qualquer um com cara e corpo de diva ou galã. Basta dar uma retocada aqui e acolá ... Tem gente que exagera e acaba nem se reconhecendo no final do 'retouch'.
Hoje, é difícil resistir tirar fotos de momentos únicos da nossa vida, como o nascimento dos netos.
Nacimento da Heloísa - 2009
Você sai por aí pra dar uma volta e sempre vai flagrar alguém clicando uma foto, seja de uma criança correndo pelo parque, o pôr do sol na cidade ou na praia, o flagrante de um acidente de automóvel, registrar o preço que está na prateleira que difere daquele que a caixa registradora marca, um encontro casual com alguma personalidade famosa e assim vai. Se você bobear, alguém está lhe filmando agora mesmo. Portanto: BE ON YOUR BEST BEHAVIOR! (Esteja Bem Comportado!)
Portanto, KEEP COOL e SORRIA! Por que na certa, a foto ou filmagem vai direto pro Face Book ou You .Tube que quer dizer que o mundo inteiro vai botar os olhos em cima de você.