O ataque de 2043

Me chamo Humple, estou escrevendo atrás das paredes que ainda sobraram da minha cidade depois do ExtrermiProject.

Era o ano 2043. Eu tinha apenas 16 anos e lembro de tudo. Após passar vários eventos marcantes no Brasil como as Olimpíadas, como o Brasil conseguir mandar pessoas para viajar pela lua, ter carros flutuantes e a corrupção ser quase zero. Porém como toda nação, nunca imaginaríamos que tanto tempo depois ainda estaria presente a pobreza. Não era a pobreza que todos estávamos acostumados há 20 anos atrás como é explicada nos livros de história. A pobreza atual são todos sendo classe média, porém, distantes dos ricos, que ficaram cada vez mais ricos e dominaram o pais. E tentar se aproximar deles nunca era possível. O Abismo era imenso. O tal estado pobre, no qual se fosse a 20 anos todos queriam estar, desencadeou um crescente número de crimes contra as pessoas que ficaram mais ricas. Frustrados por nunca conseguirem saírem da "pobreza", alguns eram totalmente radicais e perseguiam os ricos para matar, mesmo que fosse muito difícil já que a área que os ricos moraram era uma espécie de cúpula. Cidades dentro de cidades, isoladas e protegidas 24hrs por guardas que garantiam a segurança dos ricos. Outro problema que afetou a população pobre desta nação foi a depressão. Originada por cada sonho destruído, vontade de crescer e ser iguais os ricos para poderem experimentar a vida deles. Como expliquei, não tínhamos mais lugares que todas classes sociais frequentavam como eram os Shoppings, que li nos livros de história. A segregação era total. Rico com Rico, pobre com pobre. A tal sede era tão grande que pouco importava as dores corporais se preciso fosse trabalhar, pouco importava o sentimento de atenção a família, o que importava era ser igual a eles. Poucos foram os que conseguiram ingressar no outro mundo. Já que os trabalhos era seletivos: pobre operário, rico dono. Então que o mal do século dominou todos. Era cidades e cidades com a tristeza presente na rua. A decepção. A alma vazia. O choro que dava pra escutar quando se passava em frente a alguma casa. Foi tudo horrível.

Na noite de 48 anos do meu avô, Tefu. 48 anos era a expectativa de vida nossa. Tentamos, acima de tudo, comemorar o aniversário do meu avô . Fomos surpreendidos no meio da comemoração com vários aviões e helicópteros sobrevoando toda nossa cidade. Ficamos surpresos olhando para cima sem saber do que se tratava. Alguns continuaram agindo como se nada tivesse acontecendo, pensando que era somente mais uma forma de espiar dos ricos. Em um momento vago olhei para cima e vi alguns compartimentos se abrir e lançar algo. Alguns caíram primeiro e percebemos e se tratavam de um extermínio em massa. Eram bombas. Com o impacto de uma delas eu fui lançado para longe, a substancia contida nelas não me atingiu, e uma parede caiu em cima de mim, essa foi a minha sorte de estar aqui contando isso. Em uma espécie de abertura pelos escombros vi que as bombas, feitas de ar comprimido, ao encontrar o corpo humano , fazia ele desaparecer. Então, vi que todos da minha família sumiram, junto com todos. Era uma situação pós guerra, quando só um lado lutou para sobreviver. Depois do ocorrido levantei. Muito machucado e sem saber o que aconteceu, olhei para os lados e não tinha nada, nem fogo, nem fumaça. Todos sumiram. O que restou foi os escombros. E então fui andar. Subia e descia pelos escombros e notei tal dimensão de tudo que havia acontecido. E então quis de toda forma, mais do que nunca ingressar nesse tal mundo. Encontrei alguns pelo caminho, o Jack Bills e Daniel Staff. Nosso trio só se movia com uma única vontade: entender o que havia acontecido e o porquê.

(continua)

SidBass
Enviado por SidBass em 10/05/2014
Reeditado em 10/05/2014
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