* Na tela da TV eu via O Homem de Aço.
Em campo o goleiro tricolor tropeçou, a zaga vacilou, Souza, o atacante do Vitória, aproveitou e surpreendeu marcando o gol rubro-negro.
 
Eu continuei assistindo ao filme, realizando várias pausas ansiosas para escutar a partida no meu radinho.
Na trama o herói, buscando as suas origens, tentava entender o que veio fazer no planeta Terra e foi obrigado a enfrentar o cruel General Zod.
 
* No segundo tempo o Bahia resolveu acelerar, imaginando superar as barreiras que as circunstâncias geraram.
O time começou a partida com dois desfalques importantíssimos.
Sofreu um gol fortuito.
O tempo corria soprando uma derrota muito inesperada.
 
O Homem de Aço, no filme, lastimava ver a Terra destruída por Zod.
O mascote do Tricolor de Aço, o nosso Super-Homem, precisava mover os motores do querido Bahia.
 
O fascinante Bahia almejava empatar e talvez virar a partida.
Começou a sufocar, a persistir e observou a triste reação do adversário.
O Vitória recuou, desistiu de atacar, preferiu conservar o momentâneo resultado, abriu mão do objetivo o qual estimula o futebol, que é o gol.
 
* O Homem de Aço conseguiu deter Zod.
A paz voltou a reinar na Terra.
 
O Bahia perseguiu, seguiu tentando, pois o campeão baiano desconhece a covardia e jamais desanima ou aceita desistir.
Ele não teme a luta!
 
* Era o minuto derradeiro, o Vitória acreditava que conseguiria vencer, decidiu ter onze covardes defendendo (depois ficaram dez covardes, um foi expulso), nutrindo a esperança de conter o poderoso Bahia.
 
A poesia, favorecendo os heróis, no entanto, mostrou o brilho o qual alcança quem não admite o medo. O gol veio, um golaço do lateral Pará, uma pintura (vejam o detalhe acima), a justa festa tricolor aconteceu, o empate teve sabor de triunfo.
 
* O Vitória lamentou, o Bahia agora é o quarto do Brasileirão e todos aprenderam que, porque realiza o melhor futebol, atacando sem fim, propondo sempre ganhar, objetivando a alegria dos gols, o sensacional tricolor baiano, tão guerreiro quanto o Homem de Aço, sabe ressaltar somente garra, emoção, coragem e valentia.
 
A partir de hoje, ninguém ousará contestar que, no futebol ou fora dos campos, justificando os nossos aplausos, a covardia não é de aço.
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 12/05/2014
Reeditado em 12/05/2014
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