A CASA É A MENINA

Eu estava ali sentada depois de ter feito as mesmas coisas que costumo fazer todos os dias, era apenas um dia comum, me sentia cansada,sonolenta.

Na minha frente havia uma criança cabelos encoracolados olhos cor de mel ela brincava com uma boneca, conversava com ela como se ela realmente ouvisse, e enxergasse ate a mostrava as coisas que achava interessante.

O ônibus então fez sua primeira parada em frente a uma casa simples, porém encantadora apenas porque existia um jardim e um balanço que ficava bem rumo ao por do sol neste balanço havia um garotinho que ia e via mostrando para seu pai o quão longe ele conseguia ir.

A menina mais que depressa virou para o homem que estava a seu lado e o chamou.

Olha papai, olha que casa feliz, porque a gente não tem uma e casa assim?

_O pai então a respondeu:

_Porque não temos dinheiro o suficiente minha filha.

_ A menina então disse: Sua voz soava confusa.

_ Mas então papai eu não entendo o senhor me disse que quanto mais se trabalha mais dinheiro teremos, e o senhor trabalha muito, não é papai?

_ É minha filha mas, é com o tempo que se conquista as coisas.

_Mas papai, eu não gosto do tempo.

_Por que minha filha?

_Porque a mamãe me disse que foi com o tempo que o senhor perdeu o tempo para sorrir.

_O pai então olhou para sua filha e percebeu que de nada adiantaria lhe explicar, simplesmente a abraçou e disse que pra se ter casas assim era preciso ter condições, e mesmo que ela quisesse mais tempo com ele não teria, ele acima de tudo precisava alimenta-la, vesti-la, e educa-la. A menina não sabia que o pai trabalhava muito, mas ganhava pouco assim como milhares de cidadãos que vivem honestamente neste mundo.

A honestidade é bem vinda, prestigiada, porém morre de frio. Esse homem preferiu viver assim com seus valores, e nenhum tempo para ver a vida passar , mais tarde a menina ia crescer e essas coisas iam se tornar uma vaga lembrança da sua infância, pois com o tempo se percebe que é preciso conquistar coisas, coisas materiais e nem sempre a tempo de viver quando se tem obrigações consigo próprio.

Eu então percebi que a menina queria apenas uma casa de verdade um lar , tempo, felicidade e amor. O amor que se dá com obrigação pesa, quase que como uma, responsabilidades, mas eu também sabia que o pai queria o melhor para sua filha e ele tinha que escolher, ser um pai presente ou lhe dar presentes.

Rubia Nascimento
Enviado por Rubia Nascimento em 29/05/2014
Reeditado em 16/09/2015
Código do texto: T4824447
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