Poxa, Casillas, foi mal...

Cheguei do trabalho para encontrar algo que eu preferiria não ter visto, a Espanha derrotada pelos holandeses. Derrotada, mais do que derrotada. Poxa, meu lado espanhol, meu lado avó de dois espanhois não se sente bem com isto. Se em casa estivesse, Espanha, eu teria torcido por você. Já perdoei aquilo lá que me aconteceu com os guardas de Bajaras, o que não representa o país de Cervantes. Poxa vida, Casillas, que triste ver você trucidado por tantos gols, ver seu rosto questionador, vindo de tantas vitórias, de tanto empenho. Chora não, menino, você fez sua parte, você tem feito muito, merece todas as honrarias. Eu imagino que duro é para um goleiro ver a sua casa varada de gols, ah, eu imagino. Me deu vontade de mudar a lei e emprestar o Neymar para a Seleção Espanhola, mas não pode ser, desculpa, Espanha. Não cabe aqui revanche e nem gosto de vingança, eu realmente senti a queda da Espanha no futebol, mas é isto, futebol é futebol e dispensa conceituações. Aproveito a oportunidade para dizer aos brasileiros, não se enfatuem tanto. Para dizer a Felipão, baixe a bola, camarada, deixa de tanta pose e pé na estrada. Sua cabeça pode rolar como bola no campo. Abre o olho, pessoal, que a Holanda tá é boa, boa toda. Cuidado. Comecemos a rezar para evitar esse time que, em poucos minutos que vi jogar, estava executando uma obra de arte com os pés na bola, rolando-a sobre a relva baiana. Alô, vocês, da imprensa, preparem a boca, a língua e o coração, tendo em vista que tudo pode mesmo acontecer.