Tirar o máximo do mínimo

Estava vendo o programa “Saia Justa”, no GNT, e o Professor de filosofia, Renato Janine Ribeiro, disse uma frase, não sei se dele ou de algum outro filósofo, que me pareceu bastante inteligente: tirar o máximo do mínimo. Creio que nossa vida seria bem mais fácil se conseguíssemos praticar essa filosofia. Algumas pessoas precisam de muito para serem felizes, enquanto outras são felizes porque sabem tirar o máximo do mínimo. Maria de tal, diarista, entrou no ônibus cheio depois de um dia de trabalho pesado. Uma pessoa se levantou e lhe deu o lugar. Isso foi o suficiente para fazê-la feliz. Se o veículo estivesse vazio ela nem notaria como tinha sido bom sentar-se e fazer a viagem, de mais de uma hora, confortavelmente. Ao chegar em casa foi tomar o seu café com pão e manteiga que lhe serviria de jantar. Constatou que não tinha manteiga, mas achou um restinho de goiabada para botar no pão. Que felicidade! Não ia precisar comer o pão seco. Maria Vitória de Almeida Souza e Castro chegou à sua mansão, no Leblon, e constatou que não tinha caviar. Resmungou com o mordomo porque ele havia se esquecido de comprá-lo. Subiu para a cobertura e ficou indignada porque não estava fazendo sol para que ela pudesse se bronzear. Resolveu, então, ir para a sauna e reclamou porque o cheiro de eucalípito estava muito forte. Saiu batendo a porta, procurando um dos empregados para reclamar. Tropeçou nas escadas, caiu, quebrou as pernas e agora está impossibilitada de fazer todas as coisas que lhe pareciam tão fáceis. Será que aprenderá a dar valor às pequenas coisas da vida? Um dia de sol, um dia de chuva, um vento que canta, um ceu estrelado, um abraço, o canto dos pássaros, um sorriso, uma flor
edina bravo
Enviado por edina bravo em 19/06/2014
Reeditado em 10/04/2015
Código do texto: T4850893
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