Jornalismo-poesia da Copa

(os seguintes trechos foram retirados de matérias do Jornal Nacional)

1. A Costa do Marfim usou o entrosamento da estrela Drogba com Gervinho para atacar. Foi tanta pessão que o goleiro grego saiu sentindo dores nas costas, foi substituído pelo reserva Glykos mas aí foi a vez da Grécia mostrar suas armas. O goleiro africano tentou salvar o time, mas uma bobeada da defesa deixou Andreas Samares livre para abrir o placar. O segundo tempo continuou equilibrado. O que se viu foi uma Grécia rápida e precisa que continou exigindo muito do goleiro africano nas defesas e na sorte, mas a Costa do Marfim reagiu até que Gervinho deixou Bony na cara do gol para empatar. O técnico Sabri Lamoush tirou Drogba, que saiu revenciado pela torcida. O desfecho desse duelo acabou em pênalti a favor da Grécia. Samaras cobra e garante a vitória por 2x1.

2. Com quantos mil torcedores se faz um caldeirão? O estádio nacional Mané Garrincha recebeu o maior público da seleção na copa. Sessenta e nove mil cento e doze torcedores, goleada na arquibancada e nos palpites também. Emoção, o jogo valia vaga, era preciso empurrar o time, e se possível, comemorar um gol cedo. E veio. Mas um sofrimento estava no pacote, afinal, é Copa do Mundo. Só que antes do primeiro tempo acabar, o alívio. Nota máxima para o camisa 10. A vitória e a classificação estavam nas mãos. Veio o terceiro gol. O quarto foi como uma aliança com a torcida. Festa. Era preciso vencer e convencer. Brasília gritou olé. O estádio que carrega o nome da alegria, Mané Garrincha, se despediu da seleção, e a seleção levantou as mãos e disse "muito obrigado".

A diferença é presente. Nada contra poetizarem matérias jornalísticas da seleção masculina brasileira de futebol. Fazer isso no Jornal Nacional pra mim já é de mais. Mas esse sou só eu apenas apontando uma tendência no jornalismo futebolista nacional. Não vai mudar nada.

GaP
Enviado por GaP em 24/06/2014
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