E agora, José?!!!

Há muito tempo lá pelas bandas das Minas Gerais, um poeta havia dito “A festa acabou, o povo sumiu... não veio a utopia”. E o que eu, quem nem mineira sou, para ficar comendo pelas beiradas, tenho a ver com isso? Se você caro leitor estiver pensando que irei falar da paixão nacional, sinto desapontá-lo, não bebo nem guaraná!

O meu assunto é bem sóbrio, desculpe-me, é sério. Na verdade é seríssimo. Tenho até vergonha de falar de algo que não entendo, mas vou meter a colher sim, porque entendo de impostos... Qualquer coisa, eu passo a bola! Ops, passo a vez, falar em bola num período de Copa das copas é chamar para a briga. Chega de enrolação e vamos aos fatos.

Desde o início o mineirão avisou: Tem uma pedra no meio do caminho! Quem deu ouvidos a educação? Ninguém. Quem ouviu a saúde? Ninguém. Quem ouviu a segurança pública? Ninguém. Quebraram a cara! Agora, tomo emprestado o “José” do mesmo mineiro das “pedras” preciosas... Quem vai pagar essa conta? E agora, José?

_ Eu? Deixe-me em paz! Não tenho nada a declarar! Minha filha e eu estamos dando um tempo da política. Quero gozar o meu maranhão, só meu... E da minha família, é claro!

Xi, bola fora! Sou uma aprendiz persistente... E agora, JOSÉ ?

_ Já estou pagando pelos crimes cometidos e não cometidos do meu partido. Deixe-me em paz! Mensalão, mensalinho... todo pagamento ilegal e mensal foi para minha conta. Então, quero gozar a minha luxúria na prisão.

Ninguém assume a culpa. Ah, falta um. Esse terá que assumir. Quem mandou pintar a Iracema com os lábios de mel? E agora, JOSÉ?!

_Será que estão falando comigo?! Vou fingir de morto. A mulher não quis o poder, agora ela sozinha assuma os fracassos.

De novo bate na trave e volta. Desnorteada grito:

_ E AGORA, JOSÉ?! E AGORA, JOSÉ?!

Silêncio. Vergonha. Silêncio. Vergonha...

Olho para a televisão e digo baixinho: E agora, José?!

_ Não olhe para mim... Falaram que a culpa é minha?!! Vou falar com Ana Maria Braga.

E sai de cena um louro furioso.