Amor, por que tão complicado?

- O amor é tão simples quanto uma equação de física quântica! - Gritava Julie para quem quisesse (ou não) ouvir.

Julie já não aguentava mais tantas aventuras que o amor lhe proporcionava, era cilada em cima de cilada. Nunca teve muita sorte com relações amorosas: até o cachorro, pai, tio, sobrinho se apaixonavam por ela menos o garoto que ela estava afim, sempre errava o alvo. E olhe que ela se esforçava, só faltava escrever-lhe uma carta declarando todo o seu amor e, mesmo assim, quem sabe, ele continuaria sem entender. E ela, coitada, passava tardes e mais tardes bolando planos imaginários para que pudesse ser vista como mulher e não mais como amiga, irmã, até que, enfim deu certo. Gabriel timidamente a observava e tentava ser seu amigo, mas nesse dia logo entendeu as investidas de Julie, pediu-lhe desculpas por ser tão idiota e não ter notado antes, disse-lhe que nunca esperava que alguma menina pelo qual ele tivesse apaixonado se apaixonaria de volta, ainda mais uma como ela. Tudo estava perfeito, ele a convidou para sair e então o "príncipe Gabriel" (sim, eu sei que é tosco, mas ela prefere assim, então...) começou a deixar de ser príncipe: comia com a boca aberta, falava "menas", rachou a conta no primeiro encontro e falava mal de todos os amigos de Julie. A esta altura Julie já estava desesperada para que esse encontro acabasse - ou que, pelo menos, ela descobrir que aquilo era apenas pesadelo e ela acordaria. E, pobre Julie, ao pensar que essa equação de física quântica chamada de "amor" estava. enfim resolvida, percebeu que não está nem no começo de descobrir como solucionar esta maldita fórmula!