Palco da vida

Quando as cortinas descem é que me preparo, respiro e passo o texto a limpo. A minha criação. Eu me encontro. O personagem se funde. Antes de recomeçar eu me recomponho para atuar. Fecho os olhos e sinto. Apenas sinto que a vida respira lentamente. Ouço o público aclamar meu nome e o meu coração acelera como nunca. Eu me vicio nisto. Todos os dias. Desejo absurdamente. Então me Levanto, respiro bem fundo mais uma vez. As cortinas se abrem, meus olhos tremem, as pernas balançam e o suor desce. A adrenalina se eleva. Neste momento estou pronto. Então eu entendo que isto é inerente e ninguém pode tira-lo de mim.

Geovani Silva
Enviado por Geovani Silva em 19/07/2014
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