Uns Pontos

Brincadeira na escola, pega-pega, fez com que a criança Iasmin sofresse um acidente, rendendo um corte no supercílio. Corre-corre, sangue esguichando, inspetora desesperada leva a criança até a Direção da escola. Ligações foram feitas para casa da criança, mas ninguém na casa atendeu os chamados. Imediatamente o coordenador da unidade escolar vendo o estado da aluna pegou seu carro e levou até o postinho mais próximo. Os primeiros socorros foram feitos por uma enfermeira, o postinho de saúde do bairro não tem medico de plantão. Basicamente a enfermeira limpou a ferida e disse que deveria levá-la para a Santa Casa, pois eram necessários uns pontos, só o curativo não adiantaria. Dessa forma, seguiram destino ao hospital, chegando lá, como de costume, lotado de pacientes a espera de atendimento, por ser da escola obteve prioridade no atendimento. A criança foi atendida pelo médico junto da companhia do coordenador. O medico analisou a menina, mas sem tocá-la, e fez uma guia para fazer um curativo. O coordenador questionou dizendo que o ferimento necessitaria de pontos, o médico com olhar arrogante afirmou sua fala anterior. Ao levar para fazer o curativo, o enfermeiro que deu uma olhada na menina confirmou o óbvio: a menina necessitava de levar uns pontos. O enfermeiro aconselhou o coordenador a insistir com o médico que tomasse o procedimento correto. O médico olhou com surpresa o coordenador em sua sala e depois de muita insistência, também, devido ao gesto de dois dedos abrindo a ferida do supercílio, enfim, o médico resolveu toca na Iasmin. Foram doze pontos que deixou o médico com uma cara de constrangimento, deixando evidente sua negligência.

Danilo Góes
Enviado por Danilo Góes em 24/07/2014
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