PEDIDO DE VOTO
(UMA SÚPLICA POÉTICA)
 
         Eleição não é apenas um momento de voto. É momento pedagógico. É momento de reflexão individual para avanços coletivos. É momento para aprender a respeitar, dialogar, ouvir, maturar, debater, decidir. Mas também pode ser momento poético, por isso quero escrever sobre eleição com conteúdo diferente. 
         Por isso, venho humildemente pedir o seu voto, acredito que você não vai me negar esse "favor". Antes de me negar essa súplica, deixe-me explicar que não sou candidato a nada. Não tenho nem quero o poder, e, portanto, jamais vou poder retribuir o seu honroso sufrágio.
       Mas, mesmo sem ter esse Direito, insisto em pedir o seu voto. Isso porque toda vez que o meu coração pulsa bate as asas dos meus olhos, e vôo com ventos de sonhos que me dão vontade de não morrer.
        Assim, peço seu voto contra toda hipocrisia e seus tentáculos de enganação.
         Peço seu voto por mais ternura e diálogo nas relações humanas.
       Peço seu voto por sensibilidade para sentir indignação com a dor do próximo e do distante.
        Peço seu voto contra os preconceitos e os "rótulos" que escravizam as pessoas.
        Peço seu voto contra todas as formas de dominação e de exploração.
           Peço seu voto pelas utopias que renascem das cinzas e são a Fênix da existência humana.
            Peço seu voto contra o covarde que bate na Mulher que devia adorar, que bate na Criança que devia amar, que bate no Idoso que devia amparar.
         Peço seu voto pela Poesia, pela Fé verdadeira, pela Música e outras possibilidades transcendentais, que rasgam os limites da visão e da materialidade e podem fazer a humanidade mais bela e mais Humana.
         Peço seu voto contra o medo do novo. Apesar da insegurança que gera é o único útero que faz brotar a esperança, essa força mágica da construção da vida e de um viver melhor.        
         Finalmente, peço seu voto para que você vote em você mesma(o) na opção de uma luta permanente, constante para ser feliz e construir esperanças nos áridos corações desesperançados.