Cigarras

Thiago Monteiro, meu querido amigo, me lembrou ainda agora de um fato acontecido,hoje, e observado por nós dois. Ouvimos cigarras cantando no final do dia. Um som que, há décadas, não fazia parte do meu universo sonoro. Viajei até a década de sessenta , nas férias da casa de minha avó Nini e meu vô Nino,em Rio Bonito. Elas vinham fazer seus recitais logo depois das brincadeiras de casinha e do banho de chuva aproveitando a calha. Com a ida da chuva para outros universos, as cigarras cantarolavam vida. Os sons vinham acompanhados do perfume de terra molhada,até hoje, entranhado em minha alma.

Nada como se despedir de mais um dia de vida plena,após uma viagem até a infância inesquecível e mágica. Escrito em 29/11/2013