" ROMÂNTICOS NAS MASMORRAS "

" ROMÂNTICOS NAS MASMORRAS "

DEDICADO A POETISA OLGA COSTA

.é sempre bom dar a alguém

as flores da nossa alma..

As vezes, algumas pessoas perguntam se você é romântico ou romântica? A resposta quer ser um sim imenso, consciente, perfumado e tonitruante, mas ai você se lembra daquele ser doce, galante e tão cavalheiro que está preso, detido dentro de você, aparentemente para sempre, nas masmorras dos seus interiores. Ser este,,um ultra-romântico apaixonado, destinado ao amor certo ,ao amor que seria o amor ideal e ai você então ,cala-se! A resposta por um tempo fica no vácuo. Quanto a mulher também inquirida, ela imediatamente pensa também naquela mulher romântica, ali também irremediavelmente presa, nas masmorras dos seus mais íntimos sentimentos., igualmente guardados para o amor certo da vida dela. A ambos, o amor parece não ter vindo como devia. A vida é assim., um passar de tempo de amores certos e errados, errados as vezes nem tanto, certo quando surpreendem apenas um pouco.. o tempo vai as vezes moldando qualidades, ajeitando defeitos, mas ainda assim, jamais merecerão o romantismo dele ou dela. É difícil, quando poderia ser fácil...o fácil as vezes fingido, incentiva o verdadeiro.mas enfim, quem disse que o romantismo é tudo? Talvez seja tudo mesmo e sempre será, mas cá fora a vida passa sem flores, sem perfumes, sem coraçõezinhos. uma pena, porque é sempre bom dar a alguém as flores da nossa alma. com certeza , o mundo romântico é belo, nos dando sempre a sensação de música permanente onde sexo não existe. existe o ídilio dos corpo, a valsa das peles, o beijo dos olhos, a cópula dos perfumes, Toda uma suavidade anti-realidade faz com que o romantismo nunca saia de moda, fique eternamente morando dentro do nosso peito. Alguns não chegaram a prender seus seres românticos dentro das masmorras, e os trouxeram para a realidade para nos fazer inveja velada. São aqueles que chamamos de " Os últimos românticos " ou " Os românticos e românticas raras." . Não importa a perplexidade com que são olhados, importa que eles estejam por ai ainda, deixando as rosas mais lindas, as músicas mais elevadas, passando suas existências a a nos lembrar que o amor romântico não tem preço e vale imensamente a pena.amar com romantismo. A nós quem sabe, lição aprendida com a doçura abrindo a porta, possamos libertar os nossos seres românticos das masmorras, percebendo a tempo que o amor certo está dentro de nós e não fora....que todos nós, ideais ou não, temos direito a uma casquinha do romantismo possível. O pequeno vaso de flor que o homem simples entrega agora a sua mulher simples no hospital me faz ver que é isso é sempre possível. Não custa caro, não toma tanto tempo. è sempre docemente possível. Vejo algemas jogadas no chão, onde antes haviam rosas. Um abençoado libertou o seu ser romântico das masmorras. Que o céu seja louvado!

CRONICAS PARA SE LER NO HOSPITAL

MAURICIO DE AZEVEDO

MAURICIO DE AZEVEDO
Enviado por MAURICIO DE AZEVEDO em 31/07/2014
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