MISSÃO: PAI

Estes dia saí da cidade em que estava trabalhando. Depois de um dia cansativo, pois só consegui terminar já de madrugada. Devido a um problema sério a ser resolvido. Mas já fazia uns quatro dias que estava longe de casa e tinha pressa em voltar logo. Por isso resolveu sair de viagem de volta. Rodei uns sessenta quilômetros quando começou uma chuva fina, mas persistente, à medida que avançava ia ficando mais intensa. O óleo que os veículos deixam na estrada, esta primeira chuva joga em nosso para brisa , quando vem alguém em sentido contrário o limpador não da conta de limpar o vidro, por isso senti o carro saindo da estrada e batendo de lado numas pedras do acostamento. Não consegui enxergar e, estava encima quando o farol clareou. Parei o carro e desci para ver o que tinha acontecido, por sorte estava bem fora da pista, mas por azar tinha um pneu estourado. Para aumentar à preocupação a chuva já estava bem forte. Pensei em entrar no carro e esperar passar um pouco, mas pelo que vi achei que iria ser pior. Não tive escolha e decidi encarar o problema rápido. Fiz o que pude, mas se passou quarenta minutos até que pus o sobressalente na troca. A chave de roda escapou e acertou meu dedo que doeu bastante, mas ficou perfeito. E a chuva não parava. Problema resolvido, segui viagem com mais cautela. A chuva e a dor no dedo continuavam. As vinte e uma horas já estava dentro da garagem, embora bem cansado, mas em casa.

Entrei em casa, mulher e nosso filho vieram me abraçar e beijar, a caçulinha já estava no berço dormindo, a pesar de estar muito molhado fui até ela e a beijei.

Tomei um banho quente para relaxar a esposa trouxe o pijama e já estava preparando um lanche caprichado para mim. Fez-me uma bandagem no dedo e deu um analgésico para sessar um pouco a dor.

Notei que ela estava com um semblante carregado parecendo aborrecida. Quis saber o que tinha acontecido. Era nosso filho que chegou do colégio, quase às seis horas e tinha que fazer o dever para entregar no dia seguinte. O dever eram dez contas de dividir com vários algarismos dividendo e divisor. Terminou o lanche e acalmou a esposa dizendo que ia ajudar no dever.

-Mas você não vai aguentar, está com os olhos vermelhos de cansaço e sono, e ainda com este dedo inchado e doendo!

- Não tem problema, logo a gente acaba. Chegou ao quarto e viu o garoto com os olhos vermelhos, e cheio de lágrimas.

- Está muito difícil, filho? Com a cabeça ele fez um sinal que sim.

- Primeiro pare de chorar, vamos ver o que podemos fazer.

E iniciaram fazer conta por conta. La pela quarta conta depois de lavar o rosto com agua fria para manter- se acordado. Notou que o filho também já não se aguentava.

- Va deitar eu vou passar as contas num rascunho e amanhã você passa a limpo, como te ensinei acho que conseguirá fazer todas.

Boa noite, pai. De tão cansado deitou já dormindo.

O pai exausto fazia o possível para terminar logo o que faltava. A esposa já tinha ido se deitar, pois tinha os deveres da casa; que não é pouco.

Só faltava a ultima conta, quando a esposa já levantava para fazer o café. Entrou no quarto e viu o marido com os braços encima da escrivaninha dormindo. Ela não aguentou vendo aquela cena e começou a chorar.

Coitado tão cansado e com dor passou a noite toda ajudando o filho. Ele não vai conseguir trabalhar hoje. Vou ligar para a empresa e avisar que ele chegou muito resfriado e tossindo bastante. Não teria condições de fazer a manutenção que está agendada para hoje, assim eles mandam outro em seu lugar. Ele tem um dia de descanso.

Coitado: pai é isso aí.

Assim ele conseguiu descansar um dia inteiro e repor as energias para no outro dia de madrugada sair de viagem, pensando no bem da família.

sSantAna (Drakcon) 08/08/2014

Essa é uma homenagem aos pais do nosso Brasil, que dedicam suas vidas pensando no bem da família. Meu abraço, amigo. Que Deus de forças a você para continuar lutando bravamente na dura missão de Pai.

Phósforus
Enviado por Phósforus em 08/08/2014
Código do texto: T4915263
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