MORTE PREMATURA
 
A morte de Eduardo Campos, neto de Miguel Arraes de Alencar, é lamentável sob todos os aspectos já salientados pela imprensa, pela surpresa e inusitado da ocorrência, mas sobretudo pela imensa dor provocada no seio da família, tão jovem e tão bem constituída pela esposa e cinco filhos, dos quais o Miguel que conta com poucos meses de idade. Nada pode ser comparado a essa perda, e todos os troféus e títulos, mesmo o de presidente da República, seriam de logo colocados em plano secundário, se dado fosse fazer retornar à vida o pater famílias, tão cedo desaparecido em meio à campanha eleitoral.
A viúva Renata e os cinco filhos de um casal unido, cujo amor teve início nos albores da adolescência, trocariam as honrarias e as conquistas políticas, por mais nobres e altaneiras, para terem de volta ao lar o esposo e o pai de olhos azuis translúcidos. As consequências da morte de Eduardo Campos, na arena política, serão muitas, mas nenhuma poderá ser comparada à dor da separação e da saudade dos familiares.
Também servirá a morte do político, em plano campo de batalha, para mostrar o quanto a vida é frágil, insegura e indeterminada, semelhando um graveto sacudido pelo vento. Viver é arriscar-se, na afirmação de um filósofo, e viver cada dia é morrer também um pouco todo dia.
Eduardo Campos morreu em missão política, a bordo de uma aeronave considerada das mais seguras. Igualmente a ele mais seis pessoas partiram numa viagem sem volta, naquele início de tarde de um 13 de agosto. O nome de Eduardo Campos ficará registrado na história, de modo especial no coração de sua esposa e filhos.
Vantuilo Gonçalves e Edurdo Fontes
Enviado por Vantuilo Gonçalves em 20/08/2014
Reeditado em 20/08/2014
Código do texto: T4930122
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