UM DOCE MOMENTO DE AMOR.

Quantas vezes a gente abre mão de tantas coisas, quando pensa ter encontrado um grande Amor. É verdade que nós sentimos uma felicidade em profusão, um vigor de se fazer notar por onde quer que se ande. São os olhos brilhando, risos de canto a canto na boca. E tudo são flores se formando. Mas, logo vem o pior, à fase da rescisão.

Principalmente quando acabamos de sair de um relacionamento tão mal explicado, cheirando a um falseamento ínfimo descorado. É quase certo que estas pessoas narcisistas um dia vão sentir a nossa falta evidente, e vão lembrar que sempre estivemos presentes. Porém parece que a lassidão destas pessoas as torna obtusas, e deixam de perceber a nossa presença, nossa atenção, nosso carinho, já não tão significativos em sua obsessão!

Navegar é claro que é preciso, mas, navegar pelo mar da solidão é preciso um cuidado muito mais especial, pois ai, ele não é preciso, já que sentir as vagas da saudade, misturadas com tormentos de emoção, ai é demais! Mas, como sair fora dessa tristeza e voltar para a calmaria, e ter novamente a nossa embarcação emocional contida, já que somos o timoneiro dessa embarcação chamada “coração”, e somos os últimos a deixá-la, afundamos se preciso, com ela nessa despedida.

Penso que chega um momento que temos que trocarmos os nossos sonhos por um escopo. Não podemos aceitar que os nossos olhos percam o seu brilho, que aquele sorriso que fazia parte da nossa índole se torne escasso, que as nossas palavras, tanto a pensada, escrita ou falada não tenham mais o fulgor, e venha cassar os nossos sentimentos de Amor. Já que certamente a tristeza tomou conta da nossa alma, e chagou o nosso coração.

Não é conveniente entrar em colisão com a tristeza, é preferível sim, abortá-la. Cicatrizar as feridas materiais são bem mais fáceis do que as da alma. Porque elas só precisam de ataduras do esquecimento, perdão, compreensão, resignação etc. mesmo que quase nunca as encontramos com facilidade. É preciso descobrir aquela coragem de voltar à realidade, e sair desse tédio e não ficar siderado.

É o momento de transcender todas as vicissitudes, refletir se aquele Amor que era pura poesia, que foi enraizada com uma musica, já virou história, conto, ou fantasia, ou se já a consideramos uma prosopopeia. Saber se valeu cada momento vivido, cada abraço cioso cada beijo prazeroso, cada lençol suado, cada troca de olhar confidente, depois do Amor ardente.

É muito fácil perdermos o nosso equilíbrio, quando tentamos viver uma vida mais equilibrada. E é mais simples ainda dizer palavras doces no doce momento do Amor. Difícil porem é construir uma convivência com probidade, e uma realidade daquela que sonhamos dizer: “felizes para sempre”.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 21/08/2014
Reeditado em 20/06/2018
Código do texto: T4931334
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