Pequenas e grandes hipocrisias

Vai à igreja pelo menos uma vez por semana, mas se recusa a perdoar alguém com quem convive diariamente. Tem sempre um discurso pronto, revestido por um sólido alicerce moral, mas vive um casamento de aparências, forçosamente mantido pela conveniência e não pelo amor. Critica e aponta defeitos em todos, mas não faz o mínimo esforço para tornar-se uma pessoa melhor, tão pouco reconhece seus erros. Não raro desfere ofensas, carregadas de preconceitos e paradigmas falso-moralistas, mas não coloca em prática na própria vida aquilo que exige da conduta alheia. São as pequenas e grandes hipocrisias. É aquele típico fariseu que se exibe ao orar de pé no templo. É o mesmo falso cristão da época de Cristo. O verdadeiro cristão não é aquele que jamais erra. É aquele que procura viver o que diz. Errando, porém reconhecendo. Evitando pré-julgamentos. Que sejamos menos fariseus e mais cristãos.